Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2015
Em pronunciamento, a presidenta Dilma Rousseff disse que recebeu com indignação a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acatar o pedido de impeachment contra ela. Em referência indireta ao peemedebista, ela afirmou que não tem conta no exterior, que não pesam contra ela denúncias de práticas de atos ilícitos nem de desvio de dinheiro público.
Com uma cara bastante séria, a mandatária acrescentou que nunca coagiu pessoas nem instituições em busca de satisfazer seus interesses pessoais. “São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Meu passado e meu presente atestam minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública”, discursou ela ao lado de 11 ministros.
A presidenta esteve acompanhada, no Salão Leste do Palácio do Planalto, dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoine (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Occhi (Integração), Celo Pansera (Ciência e Tecnologia), Aldo Rebelo (Defesa), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Gilberto Kassab (Cidades), Luís Inácio Adams (AGU) e André Figueiredo (Comunicações).
Ao longo dos quatro minutos que duraram seu discurso, os ministros permaneceram enfileirados ao lado direito de Dilma, em manifestação de apoio.
A mandatária também negou que tenha barganhado votos no Conselho de Ética da Câmara para evitar a abertura de processo de perda de mandato contra Cunha. Ela ainda registrou que o Congresso aprovou a nova meta fiscal, permitindo que o governo volte a ter condições de prestar todos os serviços à população. (AG)