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Política Dinheiro encontrado em apartamento que seria usado por Geddel na Bahia vale 84 vezes mais que o imóvel

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(Foto: Reprodução)

O valor de R$ 51.030.866,40 encontrado pela Polícia Federal, no apartamento que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador, corresponde a 84 vezes mais do que o valor de venda do imóvel. Parte do dinheiro em espécie foi encontrado em dólares e outra em reais na terça-feira, em uma ação de busca e apreensão da PF. O prédio onde o dinheiro foi achado tem 18 apartamentos, dois por andar.

Uma corretora de imóveis que informou que o apartamento com três quartos e 92 metros quadrados, no bairro da Graça, bairro nobre da capital, custa, em média, R$ 540 mil a R$ 600 mil.

Um anúncio postado em um site de vendas de imóveis indica o valor de venda de apartamentos no mesmo prédio por R$ 602 mil. O apartamento 201, onde o dinheiro foi encontrado, também estava à venda quando o anúncio foi publicado.

Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. No governo Temer, ele foi ministro da Secretaria de Governo.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi questionado sobre a quantia encontrada no apartamento que seria usado por Geddel, durante evento de filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB, e disse que a questão seria pessoal do ex-ministro. “Temos questões que são pessoais e que não cabe ao partido responder. Penso que cada um responde pelos seus atos”, disse.

Apreensão

A Polícia Federal detalhou que o dinheiro encontrado no apartamento foi contabilizado em R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000 (R$ 8.387.366,40, segundo a cotação do dia de 1 dólar = 3,1203 reais). A PF informou que a quantia localizada representa a maior apreensão de “dinheiro vivo” já feita pelo órgão. Um vídeo divulgado pela polícia mostra a contagem das cédulas (assista abaixo). Depois de contado, o valor deve ser encaminhado para uma conta judicial.

A ação de busca e apreensão que localizou a quantia, chamada de Tesouro Perdido, é um desdobramento das investigações sobre fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, a operação Cui Bono.

Geddel cumpre prisão domiciliar há quase dois meses no apartamento dele, em Salvador, sem monitoramento eletrônico. A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) não dispõe de tornozeleiras. O órgão licitou um lote dos produtos e esperava que chegasse até o final de agosto. O prazo para que a empresa contratada entregue as tornozeleiras é 20 de setembro.

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