Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2017
O Pros recebe, todos os meses, 1 milhão e 76 mil reais do Fundo Partidário. É pouco para seus dirigentes, que nem prestam contas da destinação desse dinheiro que sai do Tesouro Nacional. Sabe-se agora que os dirigentes abriram uma banquinha para vender espaço de propaganda eleitoral em rádio e TV a outros partidos. Ganharam dinheiro gordo e ficariam impunes, não fosse a delação premiada.
No peito
Pros é o Partido Republicano da Ordem Social. Em 2009, Eurípedes Júnior, ex-vereador do interior de Goiás, aventurou-se a criar um partido. Um ano depois, obteve registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral. Estava aberto o caminho para negociatas. Que ordem e que social… Considerando o valor das propinas dadas a outros partidos, entende-se melhor o que significa a sigla Pros: Para Recolher O que Sobrou.
Tinha tudo para dar certo
Desde o começo do século XX, quando entrou em declínio o ciclo da carne seca nas charqueadas, a Metade Sul do Estado não conseguiu superar a depressão econômica. A esperança ressurgiu no final dos anos 1990. Proprietários de estaleiros do Centro do País foram motivados a visitar o porto de Rio Grande. A partir daí, surgiu o Polo Naval, que se estendeu a São José do Norte. A região voltou a viver fase de intenso desenvolvimento com a construção de plataformas marítimas para extração de petróleo. Foram criados 23 mil empregos e o comércio local se aqueceu como nunca. As denúncias inimagináveis de corrupção interromperam tudo.
Visita inexplicável
Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff participaram de comício em Rio Grande para forçar o presidente Michel Temer a remediar o estrago.
Quem sabe?
Secretários municipais e estaduais da Administração deveriam conhecer e depois aplicar o conceito de consumidor satisfeito, que vem crescendo nas empresas privadas. Consiste em gerar a melhor experiência para o usuário em todas as etapas do atendimento. Estatísticas recentes comprovam: consumidores que têm poucos atritos são muito mais propensos a propagandear a marca. As empresas concluem: a prática não beneficia apenas os clientes. Anima também os que atendem. Técnicos indicam os passos: 1) ter clara qual a promessa que a empresa faz para quem a procura; 2) toda a equipe deve conhecer e estar engajada com a satisfação do cliente; 3) ouvir, ouvir e ouvir o consumidor. Por que não transportar o conceito para o serviço público ?
Maus resultados
O Índice de Percepção da Corrupção, pesquisado pela Transparência Internacional, mostra que o Brasil está em 79º lugar entre 176 países. Outro levantamento, realizado pela Fundação Getulio Vargas, aponta que 80 por cento dos brasileiros acreditam ser fácil desobedecer à lei. Outro item revela que 81 por cento concordam com a afirmação de que sempre que possível escolhem “dar um jeitinho”. Tem mais: 56 por cento acham que existem poucas razões para seguir a lei.
Concordância
Nenhuma liderança sindical se manifestou contra os atos de vandalismo durante a greve desexta-feira. Subentende-se que avalizaram a violência
Assim fica fácil
Para a maioria dos candidatos movidos a promessas, o céu é o limite. Para chegar lá, o imposto que sai do bolso da população vira combustível.