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Brasil Direção do hospital Badim no RJ confirma 11 mortos e IML divulga causas dos óbitos

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No total, 11 pacientes morreram no incêndio e alguns já foram enterrados. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Hospital Badim, no bairro Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no início da noite dessa quinta-feira (12). A direção do Hospital confirmou que 11 pacientes morreram em decorrência das fumaças ocasionadas pelo incêndio. Dos 103 pacientes que estavam no local no momento do fogo, 77 seguem internados em 12 instituições.

O balanço foi divulgado na tarde desta sexta-feira (13) pelo diretor médico do hospital, Fábio Santoro, que afirmou que todos os protocolos de emergência foram respeitados e executados. Ele falou com a imprensa e leu um comunicado em nome da instituição.

“Em primeiro lugar, a diretoria do Hospital Badim expressa sua profunda tristeza e se solidariza com as pessoas atingidas. Nós agradecemos a grande rede de solidariedade que se formou desde ontem e vem se fortalecendo. Incluindo vizinhos, profissionais de saúde e familiares. Os nossos colaboradores atuaram ao longo de toda a noite e madrugada, arriscando suas vidas para salvar os nossos pacientes. Todos os recursos humanos e materiais ao nosso alcance foram dedicados a esse resgate, extremamente difícil, que exigiu a remoção dos pacientes em condição de saúde delicada”, disse o diretor.

Na manhã desta sexta, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi até o prédio que pegou fogo e conversou com a imprensa. Crivella decretou luto oficial de três dias na capital fluminense e lamentou o ocorrido. “A cidade hoje amanheceu arrasada. Fui ao prédio queimado. Tudo coberto de preto, uma fuligem no chão, um pozinho fino que a gente imagina que seja do forro ou de borracha queimada”, relatou.

Crivella destacou a necessidade de apuração das causas do incêndio. “O laudo vai dizer se houve ou não algum responsável. Mas, desgraçadamente, acidentes ocorrem em qualquer lugar. O prédio tinha todos os equipamentos. Na hora que eu vi todas as instalações, peço a Deus que esteja errado, mas é preciso ver se não houve sabotagens, é uma coisa que precisa ser investigada”, completou. 

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O incêndio começou por volta das 18h30 e se espalhou rapidamente, soltando uma fumaça espessa e preta em toda a região. De acordo com a diretora do Instituto Médico-Legal do Rio, Gabriela Graça, a maioria das vítimas do incêndio morreram por asfixia ou em decorrência do desligamento de aparelhos.

A médica conversou com a imprensa na tarde desta sexta e também informou que alguns corpos chegaram a ser atingidos pelas chamas, mas que as queimaduras não foram a causa da morte.

Ao lado da diretora do IML, Gisele de Lima Pereira, subsecretária de Gestão Administrativa da Polícia Civil, informou que toda a estrutura da polícia técnica da Polícia Civil foi mobilizada para atender às demandas do caso.

Vítimas

As buscas por vítimas do incêndio foram encerradas na manhã desta sexta e a identificação dos mortos foi divulgada. São eles: Alayde Henrique Barbieri, de 96 anos; Ana Almeida do Nascimento, 90; Berta dos Santos, 93; Darcy da Rocha Dias, 88; Irene Freiras de Brito, 84; José Costa de Andrade, 79; Luzia dos Santos Melo, 88; Maria Alice Teixeira da Costa, 76; Marlene Menezes Fraga, 85; Virgílio Claudino da Silva, 66 e Ivone Cardoso, que estava no Hospital Israelita Albert Sabin e tinha 75 anos.

Até o momento, quinze pacientes tiveram alta e dois funcionários prestaram depoimento na 18ª DP. Ainda há 77 pessoas internadas em hospitais públicos e privados que deram apoio ao Badim.

O incêndio

A suspeita é de que as chamas começaram a tomar o prédio após um curto-circuito em um gerador. Segundo informações do hospital, 103 pessoas estavam internadas na unidade e 224 funcionários trabalhavam no momento em que o fogo tomou o hospital.

Funcionários juntaram colchões no meio da rua para improvisar atendimento aos pacientes que estavam no hospital no momento do incêndio. Depois da saída dos pacientes que podiam ser removidos de imediato, os bombeiros e as equipes de emergência começaram a evacuar os casos mais graves, a partir das 21h.

(Foto: Reprodução/Twitter @beandrada)

A Rede D’Or, responsável pelo Badim, informou que enviou ambulâncias de outros hospitais da rede para transferir os pacientes. Muitos foram levados para hospitais da Tijuca. O dono de uma creche que fica ao lado do prédio informou que, nas primeiras horas, os pacientes com quadro de saúde mais grave foram levados para lá. Os moradores vizinhos também precisaram deixar suas moradias rapidamente, por medo de que as paredes coladas no hospital pudessem desabar.

Os momentos registrados por quem passava pelo local mostrava o desespero de funcionários e familiares para salvar os pacientes que estavam internados no hospital no momento do incêndio, com macas colocadas no meio da rua.

https://twitter.com/CaeMattos/status/1172286937866153990

Investigação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro recolheu os aparelhos de imagem do circuito interno do Hospital Badim para verificar se as imagens captadas registraram o início do fogo, de acordo com o delegado Roberto Ramos, da 18ª Delegacia de Polícia. “Vamos verificar se há imagens da existência do fogo e da sua propagação”, disse Ramos, que concentra as investigações sobre a tragédia.

Segundo o delegado, também está sendo investigado se houve um pico de luz que possa ter afetado um dos geradores de energia, que teria explodido, de acordo com testemunhas que estavam no local. “Com a prova técnica dos peritos e as imagens, teremos ideia do que realmente aconteceu”, avaliou.

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https://www.osul.com.br/direcao-do-hospital-badim-no-rj-confirma-11-mortos-e-iml-divulga-causas-dos-obitos/ Direção do hospital Badim no RJ confirma 11 mortos e IML divulga causas dos óbitos 2019-09-14
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