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Por Redação O Sul | 1 de junho de 2015
Se por um lado já tem condenado do mensalão livre da cadeia, por outro tem quem ainda deve cumprir pena no Brasil. Este é o caso de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do BB (Banco do Brasil), que foi condenado a 12 anos e sete meses de cadeia. Pizzolato está preso na Itália, mas há uma decisão da Justiça daquele país a favor de sua extradição para o Brasil. Sua defesa recorreu, e o caso deve ter um desfecho em breve.
Familiares de Pizzolato dizem ter receio do que possa acontecer com o ex-diretor do BB no país. Seu sogro, o advogado João Francisco Haas, que ajuda em sua defesa, lançou o livro “O verdadeiro processo do mensalão”, no qual assevera que Pizzolato não cometeu crime.
“Óbvio que temos receio de que ele venha cumprir pena aqui [no Brasil] por uma série de circunstâncias, mas não vou falar sobre isso. Ele não cometeu crime algum. É só ler o livro”, afirmou.
Não é o que entendeu o STF (Supremo Tribunal Federal). Pizzolato foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Segundo o STF, ele autorizou, em 2003 e 2004, o repasse de 73,8 milhões de reais do Banco do Brasil, do fundo Visanet, à DNA, agência do operador do mensalão, Marcos Valério. O dinheiro teve como destino políticos. Pizzolato, que recebeu 336 mil reais do esquema, fugiu em 2013 do Brasil com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978.