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Brasil Diretor do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, saiu do governo após polêmica sobre medição do desmatamento no País. Bolsonaro acusou o órgão de mentir sobre os dados

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Brasileiro é o primeiro da lista dos cientistas mais influentes do mundo. (Foto: Inpe/Divulgação)

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, decidiu exonerar nesta sexta-feira (02) o diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, após críticas do governo a dados sobre o desmatamento no País.

Pontes e Galvão se reuniram por cerca de duas horas na manhã desta sexta. Depois, Galvão falou com jornalistas. Segundo ele, o motivo de sua exoneração foi porque o seu discurso em relação ao presidente Jair Bolsonaro criou constrangimento.

Em entrevista no mês passado, Galvão havia dito que até poderia ser demitido, mas que o instituto era cientificamente sólido o suficiente para resistir aos ataques do governo. Galvão também havia afirmado que Bolsonaro “tem um comportamento como se estivesse em um botequim”.

“Diante do fato, a maneira como eu me manifestei com relação ao presidente, criou-se um constrangimento que é insustentável. Então, eu serei exonerado”, afirmou, o diretor, que disse concordar com a sua substituição.

Galvão declarou que tinha preocupação de que suas críticas fossem respingar no Inpe. “Não vai acontecer”, ressaltou. Apesar de ter mandato de quatro anos com prazo para terminar no final do próximo ano, ele disse que no regimento do instituto está explícito que o ministro poderia, em uma situação de perda de confiança, substituir o diretor do órgão.

Galvão declarou ter indicado um nome para substituí-lo com o objetivo de continuar a sua linha de ação à frente do instituto, mas não quis dizer quem seria, por ser prerrogativa do ministro escolher o novo diretor do Inpe.

Para Pontes, qualificado por Galvão como um ministro de “alta capacidade técnica”, o diretor do Inpe disse que não precisou defender a solidez dos dados do Inpe, questionados pelo presidente.

“Ele concorda inteiramente com os dados do Inpe, ele sabe como são os dados do Inpe. Foi só uma questão simples de comunicação que houve e que nós esperamos corrigir. Nós temos que aprender com os erros e temos que corrigir no futuro”, disse. Ele afirmou ainda que a conversa com Pontes foi “excelente” e “muito construtiva”.

“O ministro conversou comigo de um jeito muito cortês, e o que me deixou muito feliz foi a preservação do Inpe”, afirmou.

Pontes escreveu em sua conta no Twitter: “Agradeço pela dedicação e empenho do Ricardo Galvão à frente do Inpe. Tenho certeza que sua dedicação deixa um grande legado para a instituição e para o país. Abraços espaciais”.

A exoneração ocorreu depois de críticas reiteradas de Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao Inpe nas duas últimas semanas por causa de dados que apontaram aumento no desmatamento. Bolsonaro acusou o órgão de mentir sobre os dados.

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https://www.osul.com.br/diretor-do-inpe-o-instituto-nacional-de-pesquisas-espaciais-saiu-do-governo-apos-polemica-sobre-medicao-do-desmatamento-no-pais-bolsonaro-acusou-o-orgao-de-mentir-sobre-os-dados/ Diretor do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, saiu do governo após polêmica sobre medição do desmatamento no País. Bolsonaro acusou o órgão de mentir sobre os dados 2019-08-02
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