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Brasil Dirigentes do PT defendem a indicação de um vice do partido até a segunda-feira

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Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo. (foto Paulo Pinto/Divulgação)

Apesar da orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em contrário, os dirigentes do PT defendem a indicação do vice do partido até a segunda-feira (06), evitando confrontos com a Justiça Eleitoral. Autorizada por Lula, a cúpula do partido deverá se reunir na segunda-feira, caso identifique riscos de anulação da chapa sem indicação do vice. O ex-presidente está preso desde abril na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Segundo petistas, Lula determinou, em reunião na tarde de sexta-feira (03), que fosse cumprido o cronograma originalmente acertado. Pelo seus planos, a chapa seria registrada no dia 15. O ex-presidente deixou, no entanto, aberta a brecha para indicação de um vice em caso de riscos.

Na sexta-feira, petistas defendiam a indicação da pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Avila, para o posto. Mas Lula prefere um nome com credenciais para falar em nome do PT.

Na reunião, os nomes de Fernando Haddad e Jaques Wagner foram mencionados. A definição aconteceria na segunda, porque os advogados do ex-presidente podem visitá-lo nos dias úteis. Antes de qualquer definição, o PT consultará advogados e partidos que ainda não indicaram vices para tomar sua decisão.

Duque

O ex-diretor da Petrobras Renato Duque voltou a afirmar que Lula recebeu parte da propina paga pelos estaleiros contratados pela Sete Brasil para fornecer navios-sondas para a Petrobras. Interrogado na sexta-feira pelo juiz Sérgio Moro, Duque disse que os valores a Lula seriam pagos pelos estaleiro Enseada Paraguaçu, que tinha como sócios Odebrecht, OAS e UTC. “O estaleiro onde a Odebrecht era sócia ficaria com o Lula”, afirmou Duque, referindo-se sobre quem pagaria a cada parte recebedora da propina.

Segundo ele, os pagamentos a José Dirceu seriam feitos pela Engevix, por meio do operador Milton Pascovitch, e as empreiteiras Queiroz Galvão e Camargo Côrrea, sócias no estaleiro Atlântico Sul, fariam o repasse para o PT.

Duque repetiu que a propina foi negociada com os estaleiros por Pedro Barusco, à semelhança do que ocorria na Petrobras, e que ouviu do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto que os dois terços da propina destinados ao partido seriam, na verdade, divididos entre Lula, o ex-ministro José Dirceu e a legenda.

A proposta, que inicialmente era dividir a propina metade para “Casa”, que correspondia a funcionários da Sete Brasil e da Petrobras, e para o PT, acabou, segundo ele, modificada por ordem do ex-ministro Antonio Palocci. Palocci teria exigido dois terços para o PT e os pagamentos de propina, que correspondiam a 28 sondas, seriam divididos entre os estaleiros. A Lula, segundo ele, coube pagamentos referentes a seis sondas do Estaleiro Paraguaçu.

Quando a propina foi acertada, Duque já havia saído da Petrobras. Afirmou ter recebido porque parte do dinheiro destinado à “Casa” foi depositado, a pedido de Barusco, numa conta dele no Banco Cramer. Pelo empréstimo da conta ele ficaria com 10% do valor e Barusco com 90%. Outra parte do dinheiro da “Casa” iria direto para Barusco, Eduardo Costa Vaz Musa e João Carlos Medeiros Ferraz, que presidiu a Sete Brasil.

A conta foi aberta por Duque por sugestão do lobista Júlio Camargo. O executivo disse que a abertura foi feita pelo próprio dono do banco Cramer, na Suíça. Duque já foi condenado pela Operação Lava-Jato em sete ações penais e as penas, somadas, ultrapassam 76 anos de prisão. Ele ainda não conseguiu fechar acordo de delação premiada. No processo em que foi interrogado, é acusado de receber propina do estaleiro Jurong, representado por Guilherme Esteves de Jesus.

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