Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada ontem, traz mais informações sobre as declarações do advogado José Yunes, que tenta vincular o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a uma suposto recebimento de propina da Odebrecht intermediada pelo operador Lúcio Funaro e entregue em seu escritório.
A matéria acaba esmiuçando a tese de Yunes, e deixando claro que, por razões até agora desconhecidas, talvez a disputa de espaço junto ao presidente Michel Temer, ele tenta trazer Padilha para dentro desse escândalo que é só dele, Yunes.
Negativas veementes
O operador Lúcio Funaro e o ministro Eliseu Padilha negam a versão de José Yunes. Padilha afirma que não conhece Funaro. Funaro, na matéria, chama José Yunes de mentiroso. A versão de José Yunes é confusa, segundo o jornal. Ele negou que houvesse dinheiro vivo, como denunciou o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho em delação premiada. Yunes disse que só conheceu Funaro naquele dia. Na sua versão, o “pacote” depois foi retirado por outra pessoa, que ele não se lembra nem mesmo do nome.
Yunes e a Marau Participações
No GGN, seu blog de notícias, o jornalista Luís Nassif entrou ontem na confusão, e inventou um power point que tenta envolver o presidente Michel Temer no imbróglio de José Yunes. O intrincado e confuso quebra-cabeça mostra claramente que há uma tentativa de aproveitar esse episódio para criar uma crise ainda maior do que ela é. O documento revelado por Nassif, citando o Anonymus, é composto por 30 documentos, entre PDFs e Words, basicamente registros na Junta Comercial e em paraísos fiscais. A holding principal ali mencionada, é a Marau Administração de Bens e Participações Ltda.
Direto na fonte
Os leitores da coluna podem ver com os próprios olhos todo esse mirabolante quebra-cabeças, acessando o endereço: http://jornalggn.com.br/noticia/o-primeiro-amigo-yunes-a-holding-marau-e-o-encontro-dos-bilionarios.
Cirurgia bem sucedida
Ontem, um boletim médico do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, indicou que a cirurgia urológica da próstata, a que foi submetido Eliseu Padilha, transcorreu sem problemas. Os médicos Claudio Teloken e Nilton Brandão da Silva recomendarão a permanência de Padilha no hospital durante 48 horas. A expectativa do ministro é de retorno a Brasília no próximo dia 6 de março.
Mas não fecharam a Cettraliq?
O cheiro e odor estranhos na água distribuída para os porto-alegrenses pelo DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) surpreende mais uma vez a todos. Afinal, em agosto do ano passado, a Cettraliq teve suas atividades suspensas, sob a suspeita de causar alteração no sabor e no cheiro da água de Porto Alegre.
A suspensão das atividades ocorreu, mesmo depois da empresa demonstrar que foi vistoriada 21 vezes em 51 dias, sem que nada de anormal fosse encontrado nas suas atividades. Agora, sem a Cettraliq, cujas atividades foram encerradas, a quem os gestores públicos irão culpar pelo cheiro e o odor da água?
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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