Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2015
O número de divórcios no País cresceu mais de 160% na última década. Dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgados nessa segunda-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que, no ano passado, foram homologados 341,1 mil divórcios, um salto significativo em relação a 2004, quando foram registrados 130,5 mil divórcios. As informações apontam que em 1984, primeiro ano do estudo, o levantamento contabilizou 30,8 mil separações. Já em 1994, foram registradas 94,1 mil dissoluções de casamentos, representando um acréscimo de 205,1%. E, em 2004, o aumento foi percentualmente menor, 38,7%, com 130,5 mil divórcios.
Para o IBGE, a elevação sucessiva do número de separações revela “gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitar com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos”. Nas últimas três décadas (de 1984 a 2014), o número de divórcios cresceu de 30,8 mil para 341,1 mil, com a taxa geral passando de 0,44 por mil habitantes na faixa de pessoas com 20 anos ou mais de idade, em 1984, para 2,41 por mil habitantes em 2014.
A maior incidência deu-se no Distrito Federal (3,74 por grupo de mil). A menor, no Amapá (1,02). A idade média das mulheres na data da sentença do divórcio em 2014 era 40 anos, enquanto a dos homens era 44. Apesar de persistir a predominância das mulheres na responsabilidade pela guarda de filhos menores (85,1%), em 2014, a pesquisa detectou crescimento de 3,5% nos pedidos da guarda compartilhada, em 1984, para 7,5%, em 2014.