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Esporte Documentos revelam que ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira era sócio secreto no Barcelona

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PF acusa ex-chefão do futebol brasileiro de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. (Foto: Srdjan Suki/EFE)

Acusado recentemente pela PF (Polícia Federal) de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também poderá estar ligado ao ex-chefão do Barcelona Sandro Rosell. Segundo matéria da revista “Época”, ambos mantinham parceria secreta através de duas empresas.

A reportagem apresenta uma carta na qual comprova a ligação de Teixeira com Rosell. A relação entre os dois ex-dirigentes representaria um conflito de ética, pois no mesmo período que Teixeira mandava na CBF, Rosell era executivo da Nike.

O documento é considerado sigiloso pela PF e não conta com nenhuma data ou assinatura, mas tem como remetente um especialista do mercado financeiro, que, supostamente, não estaria satisfeito por não receber um pagamento da dupla ex-presidentes e de Cláudio Honiggman, empresário integrante da sociedade. Dessa maneira, como Teixeira, Rosell e Honiggman também foram indiciados pela PF no início deste ano.

Detalhes

Desde 2011, a carta está apreendida pela PF. O documento traz detalhes da compra de uma corretora, a Alpes, em 2008, por 25 milhões de reais. Em uma parceria secreta, Teixeira teria dois sócios no empreendimento, e a operação teria sido realizada para movimentar o montante. Na possibilidade de não receber um suposto pagamento, o autor da escritura teria ameaçado o ex-presidente da CBF de revelar quem estaria por trás do esquema.

Na última quarta-feira (3), o norte-americano Chuck Blazer, peça-chave no esquema de investigação do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), teve depoimento divulgado para a imprensa. Parte das declarações de Blazer comprovou antigas suspeitas.

Conforme o ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, houve pagamento de propina para que as sedes das copas de 1998, na França, e de 2010, na África do Sul, tivessem vantagens na disputa contra as demais concorrentes ao Mundial de futebol.

Nesta sexta (5), um dos três cheques de 250 mil dólares que Blazer recebeu foi divulgado pelo jornal inglês “Mirror”. Na exposição, Blazer afirmou que ele e outros do Comitê Executivo da Fifa concordaram em aceitar propinas para eleger a África do Sul como país-sede do Mundial de 2010. O ex-chefão do futebol norte-americano acrescentou que em 1992 também pegou suborno para definir qual seria a sede da Copa de 1998. A França foi a escolhida pela Fifa para realizar o Mundial de seleções.

Valcke

As investigações da polícia suíça e do FBI suspeitam que foi o secretário-geral da Fifa, Jeróme Valcke, quem intermediou o pagamento de 10 milhões de dólares aos envolvidos na corrupção ligada à escolha da África do Sul em 2010, mas o dirigente negou qualquer ligação com o fato. As averiguações sobre casos de propinas na entidade se alastraram e abriram brechas sobre possíveis ilegalidades em cinco edições de copas: França, África do Sul, Brasil, Rússia e Catar.

Em relação ao Brasil, os contratos para o Mundial de 2014 entre a Fifa, parceiros comerciais e fornecedores serão examinados pela Justiça norte-americana. O foco será investigar a ligação entre Valcke e Teixeira, que na ocasião presidia o Comitê Organizador da copa brasileira.

Os dois estão na lista de suspeitos de crimes financeiros e fraude no futebol. Há três dias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, renunciou ao cargo e pediu a organização de novas eleições na entidade no fim do ano ou em março de 2016.

O FBI está investigando o pagamento de subornos para a escolha de sedes do mundial e um possível esquema de corrupção para contratos de marketing e direitos televisivos. As denúncias aumentaram nos últimos dias após o depoimento de dirigentes da Fifa, que admitiram repasse de verbas para manipular situações e jogos.

Irlanda

Uma dessas manobras foi relatada pela Federação Irlandesa de Futebol. A entidade denunciou que a Fifa pagou 5 milhões de dólares para encerrar o caso do toque de mão de Thierry Henry no gol que eliminou a seleção irlandesa da Copa de 2010.

Além disso, na última quinta-feira (4), a Inglaterra se ofereceu para receber o Mundial de 2022, caso sejam comprovadas irregularidades na escolha do Catar como país-sede. “Temos estrutura para isso e fizemos uma ótima campanha de candidatura que, mesmo que não tivesse obtido sucesso, serviu para sermos considerados uma ótima alternativa”, disse o ministro da Cultura britânico, John Whittingdale.

Desde quando a polícia suíça prendeu os dirigentes da Fifa, a pedido dos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de Doha, a capital catariana, tem sofrido baixas com a instabilidade sobre a promoção do torneio no país.

tags: futebol

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