Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2018
Dois brasileiros estão entre os 48 profissionais da equipe de arbitragem que podem atuar nas quatro últimas partidas do Mundial na Rússia, que terminará neste domingo (15). Continuam à disposição do campeonato, o árbitro Sandro Meira Ricci e Wilton Pereira Sampaio – este último na função de árbitro de vídeo (VAR). As informações são do jornal Folha de S.Paulo e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Os demais “sobreviventes” são o iraniano Alireza Faghani, o senegalês Malang Diedhiou, o americano Mark Geiger, o mexicano César Arturo Ramos, o uruguaio Andrés Cunha, o argentino Néstor Pitana, o neozelandês Matthew Conger, o turco Cüneyt Çakir, o holandês Björn Kuipers, o sérvio Milorad Mazic e o italiano Gianluca Rocchi.
No VAR, continuam na disputa o argentino Mauro Vigliano, os alemães Bastian Dankert e Felix Zwayer, o português Artur Dias Soares, o polonês Pawel Gil, e os italianos Massimiliano Irrati, Daniele Orsato e Paolo Valeri.
Na primeira partida da semifinal, entre França e Bélgica, nesta terça-feira (10), o uruguaio Andrés Cunha foi confirmado pela entidade máxima do futebol para apitar o jogo na arena São Petesburgo, às 15h (horário de Brasília-DF). O juiz é o mesmo que, em 2016, cometeu erro que prejudicou o Brasil na Copa América Centenário. Ele apitou a partida entre Brasil e Peru, válida pela última rodada da primeira fase da competição.
Aos 30 minutos do segundo tempo, o peruano Ruidíaz usou a mão para empurrar para o gol um cruzamento da esquerda. Ele mesmo assumiu ter feito o gol de maneira irregular em entrevista dias depois, alegando que era sua “única opção” para marcar na jogada. Com o resultado, o Brasil ficou em terceiro na chave e acabou eliminado na primeira fase do torneio, o que não acontecia desde 1987. O Peru caiu nas quartas de final, para a Colômbia, nos pênaltis.
Copa do Brasil
O conhecimento amplo das regras do jogo, os 32 árbitros participantes do 2º Curso de Capacitação para o VAR já trazem na bagagem conquistada ao longo da carreira. O desafio agora é outro: dominar a nova ferramenta para a utilização nas Quartas de Final da Copa do Brasil. Para assumir a função de árbitro de vídeo, os alunos desenvolveram habilidades específicas durante a imersão no Eco Resort Oscar Inn.
Durante as atividades promovidas pela Comissão de Arbitragem da CBF e a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, os experientes árbitros brasileiros foram incentivados a trabalhar qualidades necessárias para um VAR. Além da agilidade e familiaridade com as imagens, outras competências foram aprofundadas como: controle emocional, concentração e clara comunicação.
Ao atuar diretamente com o sistema de vídeo, o árbitro (VAR) e seu assistente (AVAR) recorrem ao auxílio das imagens para corrigir possíveis equívocos em lances especificados no procolo: gol/não gol, pênalti, cartão vermelho e identificação do jogador advertido.
Acostumada a tomar decisões durante o jogo de futebol, a dupla da cabine precisa se manter com os olhos atentos ao monitor para não perder nenhum eventual erro óbvio e claro em situações crucias da partida e, oportunamente, sugerir revisões ao árbitro de campo. Para desempenhar a função com eficiência, o Instrutor VAR no Brasil, Manoel Serapião, destacou a importância do controle emocional.
“É fundamental para um árbitro de vídeo ter calma, controle emocional e objetividade. É preciso ter uma linguagem clara e objetiva para não perder tempo e interferir no andamento da partida”, afirmou Manoel Serapião, que teve seu ponto de vista reforçado pelo instrutor Nilson Monção.
“Primeiramente, o árbitro de vídeo precisa ter muita calma, foco e atenção. Porque se ele não estiver concentrado no jogo, pode deixar passar um erro que influencie no resultado da partida”, ponderou Monção.