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Polícia A dois meses de deixarem os cargos para disputar as eleições, os ministros-candidatos do governo Michel Temer aumentaram a liberação de recursos para os seus Estados de origem

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No Ministério do Turismo, por exemplo, o ministro Marx Beltrão (MDB) destinou no ano passado R$ 72 milhões para cidades de Alagoas, Estado pelo qual pretende disputar uma cadeira no Senado. (Foto: Reprodução)

A dois meses de deixarem os cargos para disputar as eleições, os ministros-candidatos do governo Michel Temer aumentaram a liberação de recursos para seus Estados de origem e privilegiaram suas bases eleitorais nas agendas oficiais. Levantamento mostra que sete dos 13 ministros com a intenção de entrar na corrida eleitoral incrementaram o valor autorizado para projetos e obras nos seus respectivos redutos eleitorais.

No Ministério do Turismo, por exemplo, o ministro Marx Beltrão (MDB) destinou no ano passado R$ 72 milhões para cidades de Alagoas, Estado pelo qual pretende disputar uma cadeira no Senado. O aumento em relação ao ano anterior foi de 269%, o que tornou Alagoas o campeão de investimento em Turismo no País.

Só a cidade de Coruripe (AL), governada por um tio do ministro, teve R$ 4,4 milhões liberados no ano passado, dois terços a mais do que havia recebido no ano anterior. Parte do valor servirá para pagar a elaboração de projeto básico para a construção de um aeroporto na cidade. A pasta autorizou ainda repasses para Feliz Deserto e Jequiá da Praia, cidades que também são administradas por parentes do titular do Turismo.

No Ministério da Saúde a situação é semelhante. O ministro Ricardo Barros (PP), candidato à reeleição na Câmara, foi nada menos que 20 vezes ao Paraná, onde sua mulher, atualmente vice-governadora, figura como pré-candidata ao governo. Em alguns casos, as agendas não tinham relação com o Ministério da Saúde: encontro com empreendedores rurais na Expotrade, assinatura de convênios entre prefeitos e a usina de Itaipu e até entrega de uma honraria, a Ordem do Pinheiro, à sua mulher, Cida Borghetti.

O Paraná não foi favorecido apenas no número de visitas do ministro da Saúde. Em 2017, o valor dos convênios da pasta firmados no Estado mais do que dobrou. Foram R$ 221,6 milhões, R$ 6 milhões a menos do que o total destinado para São Paulo, o Estado mais populoso do País. Em Maringá, base eleitoral de Barros, o valor liberado quase quadruplicou. Saltou de R$ 3,6 milhões em 2016 para R$ 12,4 milhões em 2017.

A maior concentração de repasses a um mesmo Estado, porém, ocorreu no Ministério do Meio Ambiente, comandado por Sarney Filho (PV), filho do ex-presidente e ex-senador José Sarney (MDB-AP). Dos R$ 50,5 milhões autorizados via convênios no ano, R$ 37,4 milhões (74%) foram para o Maranhão. O valor é bem superior ao total repassado ao Estado durante todo o governo Dilma Rousseff: R$ 2,2 milhões.

Pós-olimpíada

Mesmo após a Olimpíada, o Rio continuou a ser privilegiado em repasses do Ministério do Esporte e na agenda do ministro, Leonardo Picciani (MDB-RJ). A pasta liberou R$ 98,2 milhões no ano passado em convênios que tinham como objetivo, entre outros, a construção de campos de futebol, pistas de skate e reformas de quadras poliesportivas em cidades do interior fluminense.

O valor repassado ao Rio no ano passado foi o maior entre todos os Estados e superou em 176% o que havia sido destinado em 2016 (R$ 35,5 milhões).

No Ministério da Agricultura, a liberação de recursos para prefeituras de Mato Grosso, reduto eleitoral do ministro Blairo Maggi (PP), passou de R$ 27,6 milhões para R$ 57,6 milhões, um incremento de 109%.

No Ministério do Desenvolvimento Social, os convênios com cidades do Rio Grande do Sul cresceram 42% em 2017 e somaram R$ 22,1 milhões. O titular da pasta, Osmar Terra (MDB-RS), pretende disputar a reeleição na Câmara.

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