Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2016
Os negócios nos mercados financeiros foram ainda mais fracos nesta quarta-feira (21), com a proximidade do Natal e Ano Novo. O dólar seguiu o movimento no exterior e terminou em baixa ante o real pela quarta vez seguida.
A Bolsa operou em queda durante boa parte do pregão, também seguindo o cenário externo, mas mudou para o terreno positivo na reta final.
A moeda norte-americana à vista caiu 0,58%, a R$ 3,3328; o dólar comercial perdeu 0,35%, a R$ 3,3320.
Ele se refere ao fato de a Câmara dos Deputados ter aprovado na terça-feira (20) proposta de renegociação das dívidas dos Estados sem contemplar exigências do Ministério da Fazenda para obrigar governadores a cortar gastos e equilibrar as contas.
Juros
No mercado de juros futuros, as taxas recuaram, refletindo a menor percepção de risco e também o IPCA-15 de dezembro, que veio bem abaixo das expectativas do mercado.
O indicador, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,19%, comparado com avanço de 0,26% no mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira. Foi o menor patamar para meses de dezembro desde 1998. A média das estimativas de economistas era de alta de 0,29%, segundo a agência Bloomberg.
Desta forma, consolidaram-se as apostas de corte de pelo menos 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros) em janeiro, quando acontece a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Há quem fale em redução de 0,75 ponto. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.
Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, a forte desaceleração da inflação forçará o Copom a iniciar um processo de corte de juros mais agressivo. “O mercado de juros vê como benéfica a queda recente da inflação e isto tem se traduzido, junto com um real mais forte nas últimas semanas, numa queda dos juros longos”, escreve Perfeito.
O contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 11,680% para 11,600%; o DI para janeiro de 2021 cedeu de 11,700% para 11,480%; e o DI para janeiro de 2026 recuou de 12,025% para 11,830%.
Bolsa
O Ibovespa terminou a sessão em leve alta de 0,11%, aos 57.646,52 pontos. O giro financeiro foi fraco, de R$ 5,5 bilhões.
As ações da Petrobras caíram 0,06% (PN) e 0,54% (ON). Os papéis da Vale tiveram queda de 0,73% (PNA) e 0,37% (ON).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,03%; Bradesco PN, -0,84%; Bradesco ON, -1,81%; Banco do Brasil ON, estável%; Santander unit, -0,14%; e BM&FBovespa ON, -0,44%.
As ações PNA da Braskem subiram 3,26%, entre as maiores altas do Ibovespa. Ao lado da controladora Odebrecht, a petroquímica assinou acordos com os Estados Unidos e a Suíça para se livrar de ações judiciais por crimes no exterior.
Em Nova York, o índice S&P 500 caía 0,08%; o Dow Jones também perdia 0,08%; e o índice de tecnologia Nasdaq, -0,14%.