Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disparou os alertas globais ao sugerir que um confronto armado com a Coreia do Norte está sobre a mesa. “Há uma possibilidade de que possamos acabar tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte. Com certeza”, disse em uma entrevista à agência Reuters. Embora o presidente tenha apostado na via diplomática, a declaração, longe de acalmar as agitadas águas bilaterais, significa um novo passo em direção a um confronto sobre o qual ronda o espectro nuclear.
Esquenta a disputa com a Coreia do Norte
O claustrofóbico regime de Pyongyang tem uma disputa histórica com os Estados Unidos. Seu objetivo é ter um míssil intercontinental e durante 20 anos esteve refinando seu armamento rudimentar até desenvolver uma bomba atômica de 30 quilotons (o dobro da usada em Hiroshima) e potência balística suficiente para ameaçar a Coreia do Sul e o Japão.
Os Estados Unidos tentaram parar esta escalada. Após o fracasso das sanções, optou por aumentar a pressão militar e até mostrou sua disposição de realizar um ataque preventivo. Nesta coreografia enviou o poderoso porta-aviões nuclear Carl Vinson e seu grupo de combate para as águas da península coreana. Ao mesmo tempo, desenvolveu seu escudo de mísseis na Coreia do Sul. “A melhor maneira de reduzir a tensão na península coreana é proporcionar um poder de combate crível 24 horas por dia, sete dias por semana”, disse o responsável militar no Pacífico, almirante Harry Harris.
Essa demonstração de poder serviu para fortalecer ainda mais a retórica de Pyongyang. Por trás da cortina comunista se esconde uma tirania hereditária e venenosa que fez da ameaça de guerra seu principal sinal de identidade.