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Economia Donald Trump anunciou taxas de importação de até 50% para os painéis solares e as máquinas de lavar: O alvo maior são os produtores da China e da Coreia do Sul

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Presidente americano usou as redes sociais para falar em fraude dos democratas. (Foto: Reprodução)

Em mais uma decisão polêmica de seu governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de importação de até 50% para painéis solares e para máquinas de lavar roupa de grande porte em um esforço para impulsionar a indústria norte-americana. A medida foi tomada após recomendação da Comissão Federal de Comércio Internacional dos EUA. A decisão foi criticada no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e especialistas afirmam que é um golpe para a indústria de energia renovável. As informações são do jornal O Globo e das agências Bloomberg e Ansa.

Para os painéis solares, a tarifa de importação será de 30%, com duração de quatro anos, período no qual a alíquota será gradualmente reduzida. Ao fim do quarto ano, será de 15%. Já o imposto para as máquinas de lavar roupa de grande porte será de 50% e por um período de três anos.

“As ações do presidente deixam claro novamente que o governo de Trump sempre defenderá os trabalhadores, os produtores rurais e empresários americanos nesse sentido”, afirmou, em comunicado, o representante comercial de Estados Unidos, Robert Lighthizer.

Nos Estados Unidos, o setor de painéis solares se dividiu. Por um lado, a indústria comemorou a decisão, citando a explosão da entrada de produtos estrangeiros mais baratos nos últimos anos, especialmente da China. Por outro lado, instaladores de painéis e fabricantes de outros equipamentos usados nos sistemas de energia solar criticaram as barreiras, ao afirmar que vão elevar os preços e prejudicar a demanda por energia renovável.

Asiáticos

A medida também irritou os governos asiáticos, especialmente da China e da Coreia do Sul. O chefe do Escritório de Negociações Comerciais do Ministério do Comércio chinês, Wang Hejun, afirmou que a medida é um “forte desapontamento” e que é “um abuso em termos comerciais”.

Já a Coreia do Sul informou que enviará uma reclamação formal à Organização Mundial do Comércio (WTO) contra as tarifas impostas por Trump. Para o ministro do Comércio local, Kim Hyun-chong, essa foi uma decisão “excessiva, que aparentemente constitui uma violação das disposições da WTO”.

“O governo dos EUA tomou decisões olhando mais para questões políticas internas do que respeitando as leis internacionais. Se colocarmos esse recurso na WTO, certamente vamos ganhar”, disse ainda o ministro referindo-se a outros casos de protecionismo econômico.

Quem também se manifestou sobre o caso foram as gigantes de tecnologia Samsung e LG Eletronics.

Para a primeira, a decisão de Trump “é uma grande perda para os consumidores e trabalhadores norte-americanos”, já que as “tarifas são uma taxa para cada consumidor que quer comprar uma lavadora – e que acabarão pagando mais por não ter mais a possibilidade de escolha”.

A Samsung ainda lembrou que contratou mais de 600 funcionários em sua nova planta na Carolina do Sul e que esses trabalhos serão afetados pelas novas tarifas.

A LG também mostrou desapontamento com a medida no momento em que ela está começando a operar uma planta industrial no Tennessee. Para a empresa, a decisão atingirá em cheio a rede comercial de produtos e os consumidores do país.

Críticas

Entre os especialistas em energia renovável, há temor de que os altos preços acabem trazendo prejuízos para a indústria do setor. Em Davos, na Suíça, as medidas receberam críticas. O Nobel de Economia Joseph Stiglitz condenou as tarifas e os prejuízos para a economia americana e o meio ambiente.

“É ruim para o meio ambiente global, é ruim para a economia americana, é ruim para os empregos nos Estados Unidos. Não se pode reconstruir o mundo que tínhamos em 1950, 1960. Isso não vai voltar. Então temos que encontrar novas indústrias, como a instalação de painéis solares. E o que estamos fazendo? Tornando mais difícil a instalação dos painéis”, afirmou Stiglitz à Bloomberg.

Outro crítico às tarifas anunciadas por Trump foi o presidente da Petrobras, Pedro Parente, que classificou as medidas como preocupantes, ainda mais se somadas ao fato de que se está estimulando o carvão nos Estados Unidos de novo. “Preocupa porque provavelmente veremos aumento do carvão e provavelmente os números serão ainda piores”, disse.

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