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Mundo Donald Trump disse que usará militares para proteger a fronteira dos Estados Unidos com o México até que seja construído um muro na divisa entre os dois países

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O presidente dos EUA, Donald Trump, quer uma “segurança adequada” no local. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (3) que planeja usar forças militares para proteger a fronteira do país com o México até que haja um muro e uma “segurança adequada” no local. As informações são da agência de notícias Reuters.

“Nós vamos fazer isso militarmente”, disse Trump a repórteres na Casa Branca, acrescentando que havia discutido a ideia com o secretário de Defesa, Jim Mattis.

“Até que possamos ter um muro e segurança apropriada, protegeremos nossa fronteira com os militares. Este é um grande passo”, disse. “Não podemos ver pessoas entrando em nosso país ilegalmente, desaparecendo e, por sinal, nunca aparecendo no tribunal”, declarou Trump.

Mais cedo nesta terça-feira Trump disse que a ajuda norte-americana para Honduras e outros países está em risco a menos que eles detenham o que classificou como uma “caravana” de mais de 1.200 imigrantes da América Central que rumam para a fronteira dos EUA.

O governo mexicano disse que tais “caravanas”, compostas por uma maioria de cidadãos da América Central, entre eles muitos em fuga da violência em Honduras, ocorrem desde 2010.

Em algumas das cidades do México que estão acolhendo a “caravana” de mais de 1.200 imigrantes da América Central que ruma para a fronteira dos Estados Unidos, as recepções de boas-vindas estão acontecendo a despeito dos pedidos do presidente Trump para que as autoridades mexicanas a detenham.

Autoridades locais têm oferecido alojamento em praças e armazéns vazios ou providenciado transporte para os imigrantes que participam de uma jornada organizada pelo Povo Sem Fronteiras, um grupo de defesa da imigração. As autoridades têm requisitado ônibus, carros, ambulâncias e caminhões da polícia, mas esta ajuda pode não ser totalmente altruísta.

“As autoridades querem que deixemos suas cidades”, disse Rodrigo Abeja, um dos organizadores do Povo Sem Fronteiras. “Elas têm nos ajudado, em parte para acelerar a saída do grupo maciço de suas jurisdições.”

Em algum momento da primavera (no hemisfério norte) a jornada de 3.200 quilômetros da caravana, que partiu de Tapachula, próximo da divisa da Guatemala, em 25 de março terminará na fronteira dos EUA, onde alguns de seus membros pedirão asilo e outros tentarão se infiltrar no país.

Abeja disse haver muita pressão das autoridades para interromper a caravana “por causa da reação de Donald Trump”. O governo mexicano emitiu um comunicado na noite de segunda-feira dizendo que está comprometido com a migração “legal e ordeira”.

O governo mexicano disse que a caravana é composta principalmente de pessoas da América Central que entram no México sem terem cumprido os requisitos legais necessários. “Por esta razão, os participantes [da caravana] são sujeitos a um procedimento administrativo migratório, e 400 já foram repatriados aos seus países de origem em cumprimento rigoroso da lei e respeitando os direitos humanos”, disse.

Aqueles que não têm permissão para ficar no México ou que não fizeram a solicitação pelos canais apropriados devem contar que serão enviados de volta para casa, disse um funcionário do governo, falando sob condição de anonimato.

Trump intensificou sua retórica anti-imigração nos últimos dias, e sua gestão vem preparando medidas para reprimir ainda mais as pessoas que vivem no país ilegalmente.

Ele já criticou o México e ameaçou acabar com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) por causa da caravana. A jornada atual também está pressionando as autoridades mexicanas antes da eleição presidencial de 1° de julho.

“Faremos coisas com o México, e eles têm que fazê-lo, senão não aceitarei o acordo do Nafta”, declarou Trump aos repórteres.

Em um tuíte, ele disse que é melhor que a caravana “seguindo para nossa fronteira seja detida antes de alcançá-la. A bolsa de dinheiro do Nafta está em jogo, assim como a ajuda estrangeira a Honduras e aos países que permitem que isso aconteça. O Congresso DEVE AGIR JÁ!”.

Na segunda-feira (2), o presidente republicano atacou democratas por causa da imigração e voltou a pressionar os parlamentares para que aprovem uma legislação para a construção do muro de fronteira que prometeu tempos atrás.

Apesar de meses de esforços, nenhum acordo imigratório emergiu no Congresso de maioria republicana, cujos parlamentares não devem aprovar muitas leis importantes antes das eleições congressuais de meio de mandato de novembro.

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