Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2017
No acordo de delação que firmou com a PGR (Procuradoria-Geral da República), o empresário Joesley Batista afirmou que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega intermediava pagamentos de propina a parlamentares do PT. Segundo o jornal O Globo, executivos da JBS afirmaram em depoimento que o então ministro era uma espécie de operador do grupo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Joesley disse aos procuradores que Luciano Coutinho, então presidente do banco público de fomento, era duro nas negociações, mas que, muitas vezes, Mantega participava das reuniões e os negócios fluíam de forma mais fácil. O dinheiro de propina que Mantega recebia da empresa, segundo o relato dos delatores, seria destinado ao partido, e não ficava para ele. Mantega foi alvo da 34ª fase da Lava-Jato, batizada como Arquivo X, em setembro do ano passado, quando chegou a ser preso temporariamente, mas solto no mesmo dia por decisão do juiz Sérgio Moro.
Na ocasião, ele foi detido por agentes da PF quando acompanhava a mulher em uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na época, a Procuradoria da República, no Paraná, informou que o empresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, havia declarado que, em 1 de novembro de 2012, recebera um pedido de um então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. (AE)