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Política Duas tentativas fracassadas de escolher o seu vice expõem o isolamento partidário de Jair Bolsonaro

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O recado é claro: os colegas políticos não confiam em Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O deputado Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL, está isolado. Sofreu duas derrotas políticas “daquelas” nas últimas 24 horas. O PR, partido do ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto e integrante do “blocão”, desistiu de uma aliança, pela qual forneceria o vice da chapa. Bolsonaro abraçou, então, o general da reserva Augusto Heleno, filiado ao minúsculo PRP. Mas o PRP também recusou o convite para ser o vice. A imagem que fica é que ninguém quer a companhia de Bolsonaro, mesmo sendo ele o líder nas pesquisas de intenção de voto neste momento. Derrota assim é coisa rara na política.

O PR forneceria 45 segundos de tempo na televisão, um ativo preciosíssimo para um candidato que tem apenas sete segundos na propaganda, que mal dão para dizer alguma coisa. É uma pancada prática. Mas o pior em termos de imagem foi mesmo a recusa do PRP: o partido não quis fornecer míseros quatro segundos a Bolsonaro. Não quis atrapalhar alianças regionais, como com o PT na Bahia. Na prática, o PRP diz que acredita ter mais chances de crescer, de eleger deputados, usando um tempo que mal dá para dizer “oi”, do que se pegar carona no candidato que é, hoje, o líder real nas pesquisas e que faz um barulhão nas redes sociais.

O recado é claro: os colegas políticos não confiam em Bolsonaro. Não querem se aliar porque temem que seu jeito de ser ponha tudo a perder. Alianças eleitorais se fazem na base da confiança no potencial do candidato, mas também de olho nos riscos que ele carrega. Bolsonaro sempre foi um deputado um tanto isolado e, até agora, se mantém assim como candidato.

O jogo está no início, mas Bolsonaro já contabiliza essas duas derrotas que ficam maiores devido à expectativa criada por seu entorno. No início do ano, seus aliados políticos especularam que o PSL ganharia uma grande bancada com a chegada de Bolsonaro; no final, ficou com apenas oito deputados (incluído o ex-capitão). Em certo momento, o deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS), seu principal articulador político, disse que a candidatura de Bolsonaro teria o apoio de mais de 100 deputados. Até agora, essa gente toda não apareceu e o PR e PRP, que teriam camarote vip na festa, preferiam ir à outra balada.

Nos próximos dias, Bolsonaro repetirá com a ênfase de seu discurso, que está sozinho porque prefere ficar longe dos políticos corruptos, que só querem saber de vender seu tempo de televisão na eleição. É a saída que lhe resta e pode ser eficiente para seu eleitorado cativo. Mas não é a verdade. Ele cortejou os políticos que têm este perfil e com quem convive há anos no Congresso. O que aconteceu é que eles não quiseram a sua companhia.

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