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Brasil Durante café com jornalistas, Bolsonaro disse que os seus filhos não mandam no governo

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Encontro com a imprensa ocorreu no Palácio do Planalto, a pedido do presidente. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lamentou o episódio do vazamento de áudios de suas conversas com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (demitido neste mês) e disse que os seus filhos não determinam os rumos da gestão federal iniciada no dia 1º de janeiro. “Nenhum deles manda no governo, não existe isso”, garantiu.

As declarações foram dadas nessa quinta-feira, durante café da manhã com um grupo de jornalistas no Palácio do Planalto. Ele admitiu, no entanto, que passou a submeter ao seu crivo as declarações públicas de seu filho Carlos Bolsonaro (vereador pelo PSC no Rio de Janeiro) que possam ter alguma relação com o Executivo: “Tudo passou a ter um filtro da minha parte”.

“Lamento o ocorrido com Bebianno, mas eu não poderia ter tomado outra decisão”, justificou Bolsonaro ao ser questionado sobre como se sentia em relação ao agora ex-colaborador. O presidente comparou o fim da relação com Bebianno ao fim de um vínculo conjugal: “É quase como um casamento que infelizmente se desfez de forma prematura”.

Logo após o café no Planalto, Carlos (que não estava presente ao encontro) reagiu ao noticiário sobre a manifestação do pai. Ele culpou os jornalistas pelas declarações do pai. “Como vocês [da imprensa] são baixos! Nenhum dos filhos mandam no governo mesmo e qualquer um que converse com o presidente tem que ser filtrado. Quanto à mira de vocês em mim, eu e Jair Bolsonaro sabemos as intenções. Abraços de nós dois pra vocês!”,  postou o parlamentar em sua conta no Twitter.

Na semana passada, em meio à repercussão das denúncias sobre candidatos-laranja do PSL (legenda de Jair Bolsonaro) nas eleições do ano passado, Carlos havia divulgado em seu perfil na rede social uma gravação do pai, dizendo que não havia conversado com Bebianno.

O episódio, que culminou na demissão do titular da Secretaria-Geral da Presidência, ampliou a crise política no governo. O então ministro, que nega as irregularidades, era responsável pela liberação de verbas de campanha para candidatos que concorriam a deputado pelo partido.

Militares

Ainda no café da manhã, Jair Bolsonaro assegurou que não há mal-estar com a ala militar. Uma das possibilidades levantadas durante a crise era de que os aliados de Bolsonaro ligados às Forças Armadas teriam desaprovado a suposta influência de Carlos no governo. “Não há nenhum problema nesse sentido”, declarou o presidente da República.

Ele também contou ter chamado para uma conversa o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, após ele pedir às escolas que mandassem vídeos de alunos cantando o Hino Nacional e repetindo o slogan da campanha presidencial. “Peça desculpas e desfaça [a iniciativa]”, teria dito ao titular do MEC.

O presidente defendeu, porém, a importância de que alunos cantem o Hino nas escolas e afirmou que isso é praticado em muitas nações. “Esse processo deve ocorrer sem doutrinação e fiscalização”, argumentou. Na avaliação de Bolsonaro, Vélez poderia ter sugerido, por exemplo, que as escolas estimulassem mais a participação dos pais dos alunos no ambiente escolar.

Bolsonaro acrescentou que o ministro está investigando a denúncia de que escolas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) estariam impondo a crianças um “hino da entidade” e também a Internacional Socialista. Ele não forneceu, porém, mais detalhes sobre o caso.

Por fim, ele reforçou que o seu governo não aceitará as práticas da velha política do “toma lá, dá cá” e garantiu que não negociará cargos ministeriais em troca de apoios no Legislativo.

Aproximação

Segundo assessores do Palácio do Planalto, o café com jornalistas foi um gesto de aproximação solicitado pelo próprio Jair Bolsonaro. Durante a conversa, o presidente ressaltou a importância da imprensa para o processo democrático.

Além de representantes do governo, participaram do encontro: Heraldo Pereira (Globo), João Beltrão (Record), Mauro Tagliaferri (Rede TV!), Sérgio Amaral (Band), Cláudio Humberto, Denis Rosenfield (colaborador do jornal O Estado de S. Paulo e professor de filosofia), Luis Kawaguti (UOL), Ana Dubeux (Correio Braziliense), Sônia Blota (Band), Monica Gugliano (Valor) e Alexandre Garcia.

Nenhum representante do jornal “Folha de S.Paulo” (responsável pelas denúncias sobre as candidaturas-laranja do PSL) foi convidado.

“Já dei caneladas na imprensa e ela também já cometeu erros, mas tudo faz parte de um processo de amadurecimento necessário para o bem do País”, frisou. Durante a campanha que o elegeu, Bolsonaro acusou veículos de imprensa de publicarem “fake news” sobre ele.

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https://www.osul.com.br/durante-cafe-com-jornalistas-bolsonaro-disse-que-os-seus-filhos-nao-mandam-no-governo/ Durante café com jornalistas, Bolsonaro disse que os seus filhos não mandam no governo 2019-02-28
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