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Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2017
Em meio às várias polêmicas nas quais já se envolveu desde que assumiu o cargo, no dia 20 de janeiro deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficou conhecido pelos apertos de mão longos e agressivos com outros líderes mundiais, durante encontros dentro e fora de seu país. Mas nessa segunda-feira foi sua a vez de se atrapalhar com o cumprimento durante uma reunião de cúpula na Ásia.
A saia-justa aconteceu durante a pose para uma foto coletiva com outros líderes na abertura do encontro da Asean (a Associação das Nações do Sudeste Asiático, na sigla em inglês), realizado em Manila, nas Filipinas.
Um dos apresentadores da cerimônia pediu que os líderes nacionais fizessem o “aperto de mão da Asean”, no qual os líderes ficam enfileirados e se cumprimentam com a mão invertida, ou seja, utilizam a mão direita para cumprimentar a pessoa à esquerda e vice-versa, de modo que os braços se cruzam, a fim de reforçar a ideia de integração.
O cumprimento é uma tradição nos encontros do grupo. Trump, porém, não entendeu as instruções inicialmente e simplesmente cruzou as mãos na frente do corpo, enquanto outros líderes faziam o cumprimento normalmente.
Ao perceber o erro, o republicano apenas apertou a mão normalmente dos dois colegas que estavam a seu lado, incluindo o anfitrião Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, e Nguyen Xuan Phuc, primeiro-ministro do Vietnã.
Trump então olhou para os lados e fez o movimento correto, com os braços invertidos. Trump, porém, é mais alto que Duterte e Nguyen e conseguiu alcançar apenas os dedos dos dois líderes, sem poder apertar a mão deles conforme mandava o figurino do evento.
Apesar da gafe, o chefe da Casa Branca e homem mais poderoso do planeta então sorriu e manteve o cumprimento de maneira prolongada, como é uma de suas marcas pessoais. O americano tradicionalmente mantém longos apertos de mão e costuma iniciar o cumprimento puxando o braço da pessoa para mais perto dele.
Foi assim quando ele encontrou o primeiro-ministro Shinzo Abe logo depois de tomar posse como presidente. O japonês olhou assustado para os assessores com o ato. Trump também já travou uma espécie de “duelo” de aperto de mão com o presidente francês, Emmanuel Macron, no qual os dois líderes exageraram na força e se recusaram a soltar. Ele também já se recusou a cumprimentar a premiê alemã, Angela Merkel.
Além de Trump, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, também não seguiu o protocolo e cumprimentou os colegas normalmente, sem cruzar os braços. Os jornalistas que cobriam a reunião não esconderam o estranhamento com o fato, no mínimo, inusitado, e que já garantiu o seu lugar no folclore político de Trump. De acordo com um repórter da rede de TV norte-americana CNN, por exemplo, esse foi “o mais estranho aperto de mão presidencial da história”.
Música
Além do aperto de mão, o encontro entre os líderes teve outro momento de descontração. Durante o jantar de gala da cúpula, o não menos polêmico presidente filipino, Rodrigo Duterte, subiu ao palco e cantou uma música em dueto com uma artista local, Pilita Corrales.
“Você é a luz do meu mundo, a metade do meu coração”, dizia a letra em filipino, segundo o jornal britânico “The Guardian”. Ele dedicou a canção a Trump.