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Política “É difícil dizer não a um governador”, disse o ex-bilionário Eike Batista sobre ceder seus jatos ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral

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A declaração é distinta da feita pelo próprio empresário em 2011, após a divulgação do empréstimo. (Foto: Reprodução)

O empresário Eike Batista afirmou, em depoimento à Justiça Federal, que era “difícil” negar um pedido feito por um governador, em referência ao empréstimo de jatos a Sérgio Cabral (PMDB). Negociando delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), Eike não respondeu à maioria dos questionamentos do juiz Marcelo Bretas. Ele depôs no processo em que é acusado de pagar 16,5 milhões de dólares de propina ao ex-governador do Rio.

Eike apenas tentou explicar a cessão de seus jatos ao peemedebista. O ex-governador e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, fizeram 13 voos em aeronaves do empresário. “Tinha três aeronaves e as pessoas sabiam que elas ficavam muito paradas. Muitas pessoas tinham a liberdade de fazer: ‘Posso usar o seu avião?’. E é difícil dizer não a um governador”, afirmou Eike, para logo depois ser orientado pelo advogado Fernando Martins a não falar mais.

A declaração é distinta da feita pelo próprio empresário em 2011, após a divulgação do empréstimo. Esta foi a última cessão e teve como destino Porto Seguro (BA), para o aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta. Na ocasião, um acidente de helicóptero que matou sete pessoas que acompanhavam Cabral revelou e interrompeu o uso particular dos jatos do empresário pelo ex-governador.

“Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador Sérgio Cabral, que vem realizando seu trabalho com grande competência e determinação. Sou livre para escolher minhas amizades”, disse Eike em nota na ocasião.

“O Eike me pede para te dizer que, independente da parceria de vocês profissional, hoje ele te vê como um verdadeiro amigo”, dizia o e-mail. Eike também é acusado de ter repassado 1 milhão de reais de propina por meio do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Ela disse que desconhecia o motivo do repasse, mas disse que seu ex-sócio, Sérgio Coelho, fez reuniões com executivos do grupo EBX. O ex-braço-direito de Eike, Flávio Godinho, permaneceu em silêncio. Cabral ainda não foi ouvido.

Tratamento de canal

Em prisão domiciliar, Eike Batista enfrenta um tratamento odontológico de canal. Na semana passada, o empresário apresentou ao juiz Marcelo Bretas um pedido para que pudesse deixar sua casa com urgência e ir ao dentista “após ter acordado com muita dor de dente”.

O irônico disso tudo é que o empresário, antes de ser preso, estava investindo em… pasta de dente. Chamada Elysium, o produto era a aposta de Eike para voltar à ribalta dos negócios. A nova empreitada incluía ainda fio dental, escova de dente e enxaguante bucal.

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