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Economia A economia global apresenta uma recuperação “ampla e estável”, aponta pesquisa que mostra o crescimento dos principais países do mundo, menos o Brasil e a Rússia

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China (Foto: Reprodução)

Após aproximadamente dez anos da crise imobiliária dos Estados Unidos que afetou a economia em todo o mundo, a recuperação global finalmente se tornou “ampla e estável”, de acordo com um índice criado pela consultoria Brookings Institution e o diário britânico Financial Times.

O índice sugere crescimento acentuado nas economias avançadas e nos países em desenvolvimento, destacou o diário. O índice compara indicadores de atividade, mercado financeiro e a confiança dos investidores tendo como base a média histórica. Apesar do otimismo com os sinais de recuperação, a publicação pondera que crescimento está longe de ser estelar. E destaca ainda que o cenário político pode ameaçar esse avanço.

O resultado será divulgado nesta semana durante o encontro anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.

Mas as economias começam a se recuperar após a queda nos preços do petróleo. As boas perspectivas de China e Índia entre as nações em desenvolvimento estão em destaque e o diário britânico diz que China e Índia parecem estar com os ânimos renovados para recuperar seu ritmo de crescimento. A China avançou 6,8% no ano passado, a pior taxa dos últimos 25 anos e longe do crescimento dos anos de 1990.

Porém, novos sinais prometem mudar esses números. As exportações chinesas, por exemplo, subiram 16,4% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações registram alta de 20,3%. O avanço superou as expectativas do mercado. Com isso, o país registrou superávit comercial de US$ 23,93 bilhões para o mês, informou a Administração Geral das Alfândegas, revertendo o déficit verificado em fevereiro. Como forma de estimular a economia, a China criará uma nova zona econômica especial próximo a Pequim, similar às que estabeleceu em Xhenzen e Xangai. Ficará em Xiongan, localizada a cerca de 100 km a sudoeste do centro de Pequim, na província de Hebei.

O economista da Brookings, Eswar Prasad, ressalta ainda que o Partido Comunista vai optar por manter um controle da economia mais rígido em vez de fazer reformas profundas na atualização de seu plano quinquenal, previsto para o fim deste ano.

Na Índia, os indicadores de crescimento estão em alta, após as tentativas do primeiro ministro Narendra Modi para desmonetizar a economia indiana. A economia do país cresceu 7% no ano passado. Economistas esperam um crescimento médio de 7% ao ano até 2019 para o país. A expectativa é que o consumo aumente neste ano com a redução dos juros no país, que adotou o regime de metas de inflação em agosto do ano passado.

“Uma eleição recente no país deu força política para Modi. Isso deu a ele força adicional para reformas estruturais”, disse Prasad, economista da Brookings.

Ele lembrou ainda que os indicadores de crescimento nas economias avançadas também estão acima dos níveis médios históricos. Ele citou os índices de crescimento e de confiança nos Estados Unidos, que aumentaram de forma particularmente acentuada durante o ano passado. Porém, Prasa faz um alerta.

“Políticas protecionistas e falta de progresso na agenda de reformas na maioria dos países podem prejudicar a qualidade e a sustentabilidade do crescimento” destacou Prasad.

Na semana passada, Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, disse que “após seis anos de crescimento decepcionante, a economia mundial está ganhando impulso. Em janeiro, o FMI previu alta de 3,4% para a economia global. Amanhã, quando for divulgado o relatório Panorama Econômico Mundial, pode haver uma revisão para cima desse número. Será a primeira em seis anos. A divulgação desse relatório precede a Reunião de Primavera do Banco Mundial, que ocorre entre os dias 21 e 23 de abril.

Porém, muitos economistas acreditam que a dinâmica de crescimento ainda é fraca em muitas economias avançadas, já que o nível de investimento continua fraco. Prasad cita ainda as incertezas no campo da política com as ecentes tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte, além da política protecionista de Donald Trump e a candidata da França Marine Le Pen.

“A aparente calma da economia pode ser compensada pelo estresse das tensões políticas e pode afetar a recuperação econômica em 2018”, disse afirmou Prasad. (AG)

 

tags: economia

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