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Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2017
Com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre do ano, alguns economistas começam a revisar para cima as projeções para 2017. Hoje o IBGE divulgou que a atividade cresceu 0,2% de abril a junho em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação anual, alta foi de 0,3%, a primeira desde o primeiro trimestre de 2014.
As expectativas de que a atividade econômica neste ano fique mais próxima de zero são deixadas para trás, substituídas por previsões de alta de até 1%.
A alta de 1,4% do consumo das famílias no segundo trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior e a elevação de 0,6% dos serviços foram os principais gatilhos para as revisões mais positivas. Do lado da demanda, o consumo responder por cerca de 65% do PIB enquanto os serviços, do lado da oferta, ficam com uma fatia superior a 70%.
Há ainda a percepção de que a melhora da atividade ocorre de maneira mais disseminada, ainda que a alta, de 0,2%, tenha sido inferior ao avanço de 1% registrado pela economia no primeiro trimestre. No período, no entanto, é possível dizer que a agropecuária atuou praticamente sozinha sobre o desempenho.
A consultoria MB Associados esperava alta de 0,3% para o PIB deste ano e, conhecidos os números de abril a junho, elevou a previsão para 0,7%.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB, os números do segundo trimestre permitem um olhar positivo para o ano como um todo. “Na esteira da crise de maio, imaginávamos um impacto maior na economia que, por não ter acontecido, nos fez rever a projeção”, diz ele. Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, já esperava uma alta de 0,7% do PIB em 2017 e agora avalia que o avanço pode chegar a 1%.