Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O depoimento do ex-presidente Lula, na manhã desta sexta-feira, é o ingrediente que tornará as passeatas de 13 de março, em várias capitais, as maiores da história do País.
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, iniciadas com o mensalão em 2005, comprovam declaração do ex-ministro Roberto Campos, feita em 1987: “As esquerdas brasileiras fora do poder são festivas; no poder, são aquisitivas.”
Onze anos não desestimularam o time e nem foram suficientes para desmentir a frase de Aparício Torelly, o Barão de Itararé, falecido em 1971: “Certos políticos brasileiros confundem a vida pública com a privada.”
À medida em que as provas foram se acumulando, Millôr Fernandes passou a ter mais razão: “Basta arranhar um parlamentar íntegro que você descobre um contrato sem licitação, com superfaturamento.”
Depois, viu-se que não se restringia a parlamentares.
Acrescente-se o escritor João Ubaldo Ribeiro: “Como se algum político, com exceção de meia dúzia de três ou quatro, representasse alguém, a não ser a si mesmo, a família e aderentes.”
Mais o provérbio italiano: “Dinheiro público é igual à água benta, todos põem a mão”.
Por sinal, em 1991 surgiu na Itália a Operação Mãos Limpas para esclarecer e punir casos de corrupção.
Foram expedidos 2 mil e 993 mandados de prisão, incluindo 872 empresários, 1 mil e 978 administradores públicos e 438 parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros.
A Operação Mãos Limpas, modelo estudado em toda a sua profundidade por promotores e policiais federais brasileiros, repete-se na plenitude.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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