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Armando Burd Efeito reduzido

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O governador José Ivo Sartori anunciou na manhã dessa quinta-feira, no Palácio Piratini, os nomes dos novos secretários estaduais. (Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Um personagem do romance Il Gattopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, dizia: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”. Foi o que aconteceu ontem com a reforma do secretariado estadual.
Fábio Branco e Márcio Biolchi apenas trocaram de endereço. Ronald Krummenauer terá pouco tempo para afirmar liderança junto ao magistério; Fabiano Pereira esquecerá logo a oposição que fez por anos ao PMDB; Artur Lemos era o substituto de Minas e Energia desde o começo do governo, conhecendo o setor. Maria Helena Sartori, braço direito do governador, amplia as áreas de atuação.

TÁTICAS INFALÍVEIS
Com a aproximação de 2018, marqueteiros examinam casos de eleições em que o vencedor fugiu às regras tradicionais. Germano Rigotto em 2002, por exemplo: 1) foi o último a se lançar; 2) não usou avião nas primeiras semanas da campanha; 3) na arrancada tinha só um comitê em Porto Alegre e nenhum no Interior do Estado; 4) usou a própria caminhonete; 5) foi avesso ao estrelismo, correu por fora, não agrediu, teve rejeição mínima, dormiu não mais do que quatro horas por noite; 6) as pesquisas apontavam a polarização entre Tarso Genro e Antônio Britto.

TIRO NA ÁGUA
Na tentativa de coibir a influência política em nomeações dos membros dos tribunais de Contas da União e dos Estados, a 28 de abril de 2007 foi protocolada proposta de emenda constitucional, prevendo concurso público para a ocupação das vagas de ministros e conselheiros. Um dos argumentos usados na mudança do sistema de nomeação é que o privilégio das indicações políticas abria brechas para que a neutralidade da fiscalização das contas públicas ficasse em dúvida.
Como era de se esperar, a proposta encalhou na primeira gaveta.

PESO NO BOLSO
O Brasil é o País que tem a maior carga tributária na América Latina, conforme o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Outro dado: ocupamos o 15º lugar no ranking dos serviços públicos de qualidade oferecidos como contrapartida aos cidadãos. Bem ao contrário de Suécia, Alemanha, Inglaterra, Coreia do Sul e Noruega.

DINHEIRO SUADO
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostra que produtos, como perfumes nacionais, são onerados em 69% com impostos; jogos de videogame, 72%; aparelhos de TV, 70%; gasolina, 60% e luz elétrica, 70%.

CONFUSÕES
O aplicativo AirBnB, que aluga apartamentos para turistas, começa a criar atritos. Moradores de edifícios sentem-se incomodados com inquilinos temporários que nunca viram. Alegam, entre outros motivos, a falta de segurança. A Justiça brasileira tem decisões, afirmando que o condomínio pode, se isso é o que consta da convenção, exigir que os condôminos só usem suas unidades para fins residenciais.

TROCARÁ O NOME
A Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional), incluída na lista de extinções, sobreviverá ao se transformar em Agência.

BATE-BOCA FURIOSO
Cada votação polêmica no plenário da Câmara dos Deputados ressuscita antiga expressão: é uma grande esculhambação.

CONTA INFINITA
As contas do governo federal têm o maior déficit para o primeiro trimestre em 21 anos. Mesmo assim, ainda há os que preconizam mais gastos. Para rolar a dívida, o Ministério da Fazenda pagou de juros 130 bilhões de reais desde 1º de janeiro deste ano.

FICOU NA PROMESSA
A 28 de abril de 2016, o presidente Michel Temer disse que se empenharia para acabar com a reeleição. Passado um ano, nada.

É DO JOGO
Há proliferação incontida de PPs. Leia-se partidos pragmáticos.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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