Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo decidiu não responder às entrevistas do advogado Fabio Medina Osório, demitido do cargo de advogado-geral da União na última sexta-feira. O principal alvo das declarações do ex-advogado da União, o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, que foi o principal fiador da indicação de Fábio Osório para o cargo, instado a conceder uma entrevista disse sábado ao colunista: “Sobre este senhor, nada a declarar”.
Governar o governo
Eliseu Padilha recebeu essa semana críticas pelos “excessivos poderes” de que disporia na condição de ministro da Casa Civil e amigo pessoal do presidente Michel Temer. As críticas ao fato de que nos últimos anos, em especial após a Constituição de 1988, que estabeleceu uma espécie de parlamentarismo a partir da criação das Medidas Provisórias, têm sido recorrentes à figura do Chefe da Casa Civil, que ganho maior relevância no ministério.
Os nomes indicados para estes cargos têm atuado na condição de primeiro-ministro, o que lhes dá poderes especiais na gestão, a partir da orientação do presidente da República ao ministério. Essa missão é espinhosa. O atual ministro da Casa Civil chama essa tarefa de “governar o governo”, o que envolve, acima de tudo, capacidade de articulação.
O caso Mercadante
Tal a relevância da figura de um ministro da Casa Civil articulado politicamente, que é voz corrente nos corredores do Congresso que uma das razões “agregadas” do desprestígio da ex-presidente Dilma Rousseff e do seu esvaziamento político, teria sido a equivocada indicação de Aloizio Mercadante para a Casa Civil. Entre ex-ministros e congressistas, o adjetivo mais educado atribuído a Mercadante seria o de “insuportável”.
Temer: “É impossível interferir na Lava-Jato”
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente Michel Temer traz uma luz a uma polêmica suscitada a partir da saída do advogado Fábio Osório da AGU sobre a atuação do governo junto à chamada Operação Lava-Jato, que investiga uma rede de casos de corrupção no País. Temer, advogado constitucionalista, considera “impossível” o governo interferir em uma ação que tem como protagonistas o Ministério Publico Federal e ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Jamais o Executivo vai interferir nessa matéria. Cada Poder exerce o seu papel e seria um absurdo do Poder Executivo. Primeiro, impossível, inadmissível imaginar que o presidente da República possa chamar alguém do Supremo e dizer ‘decidam assim ou assado’. Não existe isso no Brasil. Eu jamais faria isso. Sou muito consciente dos termos da Constituição. Não tem a menor possibilidade de interferência do Executivo, nem a favor, nem contra.”
Sartori em Brasília
O governador José Ivo Sartori inicia a segunda-feira em Brasília para uma reunião com outros governadores. Assiste à tarde a posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Superior Tribunal Federal. E, naturalmente, vai ao quarto andar do Palácio do Planalto para conversar com o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha.
Saúde de Hillary Clinton
Os recentes e constantes “piripacos” sofridos pela candidata Democrata ao governo dos Estados Unidos, Hillary Clinton, o mais recente na homenagem às vítimas do 11 de Setembro, acabam decidindo antecipadamente a eleição americana em favor do republicano Donald Trump.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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