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Brasil Em 2017, o Brasil voltou a registrar mais entradas do que saídas de dólares. O saldo positivo do ano passado foi de quase 630 milhões de dólares

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Segundo especialistas, o movimento de câmbio reflete elementos conjunturais do País. (Foto: Reprodução)

Em 2017, o fluxo de dólares para o Brasil voltou a ficar positivo. De acordo com os dados divulgados nessa quarta-feira pelo Banco Central, o resultado de todas as entradas e saídas de moeda americana foi de US$ 625 milhões no ano passado. O resultado é muito melhor que o de 2016, quando houve uma remessa de US$ 4,3 bilhões, já descontado tudo o que entrou naquele ano.

A retomada do crescimento e as perspectivas melhores para a economia nacional explicam os números, ao menos à primeira vista. No entanto, o chamado movimento de câmbio reflete outros elementos conjunturais do País.

Um exemplo foi uma forte saída registrada no dia 13 de dezembro. Nesse dia, foi marcada a data para o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, o que pode definir a eleição deste ano. Como o valor do dólar despencou, os investidores aproveitaram para remeter recursos para o exterior. Com isso, num único dia, o fluxo ficou negativo em US$ 3,5 bilhões.

Isso fez com que dezembro tivesse o pior desempenho de todos os meses do ano. Houve uma saída líquida de US$ 9,3 bilhões. A expectativa dos analistas é que mais volatilidade como essa por causa do cenário eleitoral seja sentida daqui para frente. Quando acontece isso, o fluxo do mercado financeiro varia bastante. Foi o que aconteceu em 2017.

Pelo mercado financeiro, saíram US$ 52,3 bilhões no ano passado: um quadro bem diferente do fluxo de dólares que entra pelo comércio exterior. O trânsito de moedas pela compra e venda de produtos foi intenso e ficou positivo quase na mesma proporção do resultado negativo no mercado financeiro: US$ 52,9 bilhões.

Eleições 

A moeda norte-americana também está na pauta política de 2018. Segundo fontes ligadas ao Banco Central, as oscilações na cotação da divisa devem voltar a preocupar o mercado ao longo deste ano. As incertezas políticas, a alta dos juros nos Estados Unidos, a queda das taxas aqui, dúvidas sobre a reforma da Previdência, a possibilidade de rebaixamento de nota de crédito do Brasil e, principalmente, a corrida presidencial devem influenciar o câmbio.

Algumas instituições financeiras projetam que o dólar deve terminar o ano cotado a R$ 3,30, mas não faltam especialistas a acreditar que a barreira dos R$ 4 seja quebrada durante a disputa ao Palácio do Planalto. A incerteza é tanta que se a moeda tiver o movimento contrário e terminar abaixo de R$ 3 também não seria surpresa. O único consenso é de turbulência pela frente.

A certeza é que a cotação não deve refletir os fundamentos da economia, mas o estresse do mercado financeiro com o cenário eleitoral. Algumas corretoras ouvidas pelo GLOBO já pensam em indicar o dólar como uma aplicação interessante em 2018. Enquanto isso, os técnicos do governo ficaram mais apreensivos. Um forte efeito sobre o dólar já faz parte dos cenários alternativos nos bastidores, principalmente se a reforma da Previdência não avançar:

“Acho que tanto os riscos eleitorais e fiscais vão aumentar os prêmios de risco e bater nos ativos, incluindo o dólar”, prevê uma fonte ligada à equipe econômica do governo. “Sem a perspectiva de que vai haver alguma reforma da Previdência, o buraco é imenso. O que nos salva é a perspectiva de reformas e, se isso deixar de existir, não será bom.”

 

tags: Brasil

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