Segunda-feira, 18 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro quer aproveitar sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para atrair investimentos – em especial no agronegócio. “Nós queremos mostrar, é nosso interesse especial, que o Brasil tomou medidas para que o mundo restabeleça confiança, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem viés ideológico, que nós podemos ser um país bom para investimentos, e em especial para o agronegócio, nossas commodities mais caras. Queremos ampliar esse tipo de comércio. Por isso estamos aqui para mostrar que o Brasil mudou”, declarou aos jornalistas em vídeo disponível em sua conta no Twitter, postado após sua chegada na Suíça.
Indagado por jornalistas, o presidente da República não quis antecipar encaminhamento do programa de privatizações. “A gente não vai anunciar particularidades no tocante a isso. A agenda está com nosso chefe da economia, Paulo Guedes, está bastante detalhado nesse sentido e ele vai anunciar a partir do momento que tiver certeza que faremos boas privatizações”.
Desembarque
O presidente Jair Bolsonaro desembarcou no começo da tarde desta segunda (21) em Zurique, de onde deve seguir de carro para Davos, nos Alpes Suíços, onde participa da 49ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial.
No voo, veio acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, e do presidente da Apex, Mario Vilalva.
O secretário especial de comércio, Marcos Troyjo, chegou antes à cidade, assim como o governador João Doria (São Paulo), que aterrissou em voo comercial durante a manhã. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não acompanha a comitiva.
Discurso rápido, tempo de permanência maior
Jair Bolsonaro ainda informou que o discurso que fará nesta terça (22), na abertura do fórum, será “curto, objetivo e claro”. Segundo ele, o texto a ser lido feito e corrigido por vários ministros para que nós déssemos recado mais amplo possível do novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder.
A comitiva deve permanecer em Davos por quatro dias, duração pouco comum —os chefes de Estado e governo dificilmente passam mais de 48 horas no resort do leste suíço.
Na terça (22), Bolsonaro será o primeiro de cinco chefes de Estado a se dirigir à plateia de empresários, banqueiros e representantes de organismos internacionais.
Em sua estada, Bolsonaro pretende apresentar aos investidores nos Alpes, com auxílio de Guedes, sua agenda liberalizante para a economia, tratando de privatizações e reforma da Previdência.