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Brasil “Tenho um amigo que se aposentou aos 44 anos. Hoje ele tem 84. Há 40 anos ele vive as custas da sociedade, de um povo pobre, ninguém pode gostar disso”, diz ministro do Supremo

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Barroso não detalhou se mulheres, por exemplo, devem se aposentar com uma idade diferenciada. (Foto: Nelson Jr./ SCO/ STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, defendeu na manhã desse sábado a Reforma da Previdência. Para o ministro, a idade mínima de aposentadoria deve ser 65 anos e as mudanças nas regras é “uma questão de aritmética”.

Tenho um amigo que se aposentou aos 44 anos. Hoje ele tem 84. Há 40 anos ele vive as custas da sociedade, de um povo pobre, ninguém pode gostar disso”, afirmou em Londres, durante palestra no Brasil Forum UK, evento organizado por estudantes e acadêmicos brasileiros no Reino Unido.

Para o ministro, é possível haver regras especiais, como para os trabalhadores rurais. Mas, segundo ele, é preciso reformar a Previdência, uma vez que “em nenhum país do mundo as pessoas se aposentam como no Brasil”.

Durante a apresentação de cerca de uma hora, ele não detalhou se mulheres, por exemplo, devem se aposentar com uma idade diferenciada.

Desde que foi apresentada pelo governo de Michel Temer, em dezembro de 2016, a proposta de Reforma da Previdência tem atiçado ânimos. De um lado, estão os que a consideram essencial para o equilíbrio das contas públicas. De outro, os que a julgam prejudicial para os direitos dos trabalhadores.

“A Reforma da Previdência não surge como uma escolha política, filosófica ou ideológica. É uma questão de aritmética e de justiça intergeracional. Se não a fizermos, vamos entregar um país devastado aos nossos filhos”, afirmou Barroso, que não disse se endossa o modelo apresentado pelo governo e em discussão no Congresso.

No texto que preparou para a conferência, o ministro escreveu que a previdência do setor público, que engloba apenas 1 milhão de pessoas, custa cerca de 110 bilhões de reais, o equivalente a 8,9% do orçamento federal.

Quem tiver olhos de ver perceberá que o sistema previdenciário brasileiro envolve uma imensa transferência de renda dos setores mais pobres para os mais abastados”, completou o ministro.

Corrupto de estimação

Diante de uma plateia lotada, Barroso também criticou o que chamou de “corrupção institucionalizada” no Brasil.

Isso não começou nem ontem nem anteontem. Foi se agravando ao longo do tempo”, disse durante a palestra. Na opinião do ministro, a corrupção não tem ideologia e virou “um modo de vida para uns e um modelo de fazer negócios para outros”

Não há corrupção de esquerda nem de direita. Ninguém pode ter corrupto de estimação. Não há corrupção dos outros. Temos que enfrentar esse fato”, afirmou.

O ministro falou ainda sobre a necessidade de se combater a impunidade e de mudar o sistema político, admitindo que não é fácil mudar essa mentalidade e efetivamente punir.

Barroso voltou a defender o semipresidencialismo, quando o poder é dividido entre um presidente e um primeiro-ministro, e chamou o presidencialismo latino-americano de usina de crises.

O sistema político brasileiro reprime o bem e potencializa o mal. Além de enfrentar o tema da impunidade, precisamos refazer o sistema político: baratear o custo das eleições e aumentar a legitimidade democrática da representação política.

Para ele, simplesmente banir a doação de empresas para campanha política parece não ser suficiente para evitar corrupção. Onde há demanda, há oferta. Se não vier de empresa, (doação) vem de crime organizado ou de outra coisa errada”.

 

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