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Brasil Em depoimento à polícia, a assessora da vereadora assassinada no Rio disse que não viu quem fez os disparos contra o carro onde elas estavam

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Crime completará dois meses na próxima segunda-feira. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Em depoimento à Polícia Civil, a assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL), executada a tiros na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro, relatou não ter percebido que o veículo em que estavam era seguido e garantiu não ter visto nenhum carro ou motocicleta em comportamento suspeito após o ataque.

A auxiliar, que não teve o seu nome divulgado pela imprensa e está escondida sob proteção, acrescentou que a parlamentar costumava ficar no banco da frente, ao lado do motorista, mas que naquela noite preferiu ir atrás para falar com a funcionária. Elas queriam escolher fotos do evento ao qual haviam acabado de comparecer.

Assim que o veículo entrou na avenida João Paulo I, a assessora – que estaria distraída pelo manuseio do telefone celular – ouviu os tiros que pareciam vir de trás, na diagonal. Alguns segundos antes, a vereadora havia indagado “Ué?”, em tom de dúvida.

No momento dos disparos, o condutor (que também morreu no atentado) disse “Ai…”. A sobrevivente então se abaixou para tentar se proteger, enquanto Marielle, apesar do cinto de segurança afivelado ao corpo, tombou sobre ela. O carro trafegava devagar e seguiu desgovernado até que a própria assessora conseguiu se esticar e acionar o freio de mão, antes de pedir ajuda a populares.

De acordo com a perícia, os disparos foram efetuados por um ou mais atiradores experientes, com pistola de calibre 9 mm. Isso porque as primeiras marcas de tiros indicam que os disparos começaram a ser feitos quando o veículo dos criminosos ainda se alinhava ao de Marielle. As perfurações de projetis no veículo têm sentido diagonal.

Na noite de sexta-feira, a assessora publicou nas redes sociais uma homenagem à vereadora: “Estou viva. Mas com a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, em um looping sem fim”, escreveu. “Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre. #MarielleVive”.

Ameaça

Cerca de dez dias antes do crime, segundo fontes próximas a Marielle, outra funcionária da vereadora foi abordada por um desconhecido, de forma ameaçadora, em um ponto de ônibus. Em tom de ameaça, ele perguntou se ela trabalhava com a parlamentar. A mulher estranhou a abordagem, já que atuava administrativamente para Marielle, quase sem aparecer publicamente ao lado da chefe.

A assessora que estava com Marielle na hora do crime, entretanto, afirmou que a vereadora nunca havia relatado qualquer tipo de ameaça contra si.

Família

Os parentes da vereadora assassinada poderão contar com segurança profissional pelo menos até o fim da investigação do crime. “A assessoria de Marielle está vendo isso”, garantiu à imprensa, na sexta-feira, a professora de inglês Anielle, 33 anos, irmã da parlamentar.

“Eu acredito que vamos ter, mas não fomos ainda comunicadas oficialmente. Mas ela contou que a família não está se sentindo ameaçada. Porque não temos resposta de nada ainda; até para saber se devemos ou não ficar com medo”, detalhou Anielle.

Em meio à repercussão do crime e as pressões de vários segmentos para que haja a elucidação e a respectiva identificação e captura dos mandantes e executores, o PSOL – partido de Marielle – tem manifestado preocupação. Na pauta da legenda estão os potenciais riscos à integridade de pessoas ligadas ao caso e até mesmo em relação a outros políticos responsáveis por denúncias contra abusos de autoridade.

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