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Brasil Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS/Friboi, culpou advogada por contratação do ex-procurador Miller

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O empresário foi denunciado pelo MPF por irregularidades em delação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No depoimento de mais de dez horas que prestou à PF (Polícia Federal), na terça-feira (27), o empresário Joesley Batista terceirizou a responsabilidade pela contratação de Marcello Miller à sua ex-advogada, Fernanda Tórtima.

Ele repetiu diversas vezes que foi a defensora quem levou o ex-procurador à JBS e chegou a afirmar que se alguém deve dar explicações sobre a controversa participação de Miller nos acordos é ela. A fala abre novo capítulo na disputa de narrativas sobre a delação mais polêmica já firmada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

A Polícia Federal submeteu à perícia documentos obtidos em operações de busca e apreensão das quais os Batistas foram alvo antes de firmar delação com a PGR. A equipe do ex-procurador Rodrigo Janot foi muito criticada por ter enviado grampos feitos por Joesley ao STF sem cercar-se desse tipo de cautela.

As mais de dez horas de depoimento renderam apenas 12 páginas de papel: Joesley só falou sobre Miller. Outras omissões das quais o dono da JBS é acusado serão alvo de nova oitiva.

Rescisão de acordo

Na segunda-feira (26), a Procuradoria-Geral da República rescindiu o acordo de delação de Wesley Batista, um dos donos da J&F, e do ex-executivo Francisco de Assis e Silva. Segundo a PGR, eles omitiram de forma intencional que, na época da assinatura do acordo, o então procurador estava prestando serviços para a J&F antes de se desligar oficialmente do Ministério Público. No caso de Joesley e Saud, assim que o acordo foi rescindido, o ministro Luiz Edson Fachin determinou a prisão dos dois por omitir informações.

As quatro rescisões esperam a homologação do ministro Fachin. Se o ministro homologar a rescisão dos acordos, todos perdem os benefícios, mas as provas apresentadas por eles continuam válidas. A J&F informou que as defesas de Wesley Batista e de Francisco de Assis não se pronunciarão sobre o assunto. defesa de Marcelo Miller declarou que ele não recebeu qualquer remuneração de fonte privada antes de abril de 2017; que ele já havia pedido exoneração quando começou atividades preparatórias no setor privado; e que essas atividades não estavam relacionadas com as atribuições que ele ainda tinha no Ministério Público Federal.

Aécio Neves

Em sua primeira manifestação ao Supremo sobre a acusação de que recebeu propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista no ano passado, a defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz que ele foi vítima de uma armadilha da PGR, que as provas apresentadas contra ele são ilícitas e que seus acusadores omitiram informações. O advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, afirma na peça apresentada ao Supremo na quinta-feira (22) que os R$ 2 milhões mencionados na conversa gravada por Joesley foram um empréstimo pessoal ao senador.

Ainda segundo a defesa, a conversa gravada pelo empresário com a irmã de Aécio, Andrea Neves, tratava da venda de um apartamento no Rio, pertencente à família do senador, e não de suborno. “O que houve foi uma oferta de venda de um imóvel e a realização de empréstimo pessoal. Nada além disso. Inexiste vantagem indevida no caso concreto. Inexiste corrupção”, aponta a defesa.

Nesse inquérito, Aécio é acusado de ter recebido R$ 2 milhões de propina de Joesley e de ter tentado barrar as apurações da Lava-Jato por meio de articulações para anistiar o caixa dois nas campanhas eleitorais e tentando indicar delegados da Polícia Federal dóceis aos tucanos. Parte dos R$ 2 milhões foram entregues em malas a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, que foi um dos coordenadores da campanha presidencial do tucano em 2014. A entrega do dinheiro em espécie, segundo a defesa, foi uma exigência de Joesley.

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