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Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (25) que romperá com a tradição e não participará do jantar dos correspondentes da Casa Branca, um evento social anual que costuma ser uma oportunidade para aliviar as tensões entre o governo dos EUA e a imprensa. “Não participarei do jantar dos correspondentes da Casa Branca este ano. Por favor, deseje a todos tudo de bom e tenham uma grande noite!”, disse Trump em seu perfil no Twitter.
O anúncio de Trump chega em um momento de tensão entre o governo dos EUA e parte da imprensa norte-americana, que recentemente foram chamados pelo presidente de “desonestos”, “inimigo do povo” e divulgadores de “falsas notícias”.
Na sexta-feira (24), jornalistas do The New York Times, CNN, BBC, Buzzfeed, Los Angeles Times, Politico, New York Daily News e Daily Mail foram impedidos de participar de uma entrevista coletiva com o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer. Em um ato inédito na relação entre o governo e a imprensa, Spicer selecionou alguns veículos para participar de uma conferência, excluindo o restante dos jornalistas.
Na ocasião, a Associação de Correspondentes da Casa Branca repudiou a decisão, encorajando as organizações presentes na conferência a compartilhar as informações divulgadas com os outros membros da imprensa.
O jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca tradicionalmente conta com a participação do presidente, da primeira-dama, altos funcionários do governo e jornalistas que cobrem a Casa Branca pelos grandes veículos de imprensa dos EUA, como CNN e The New York Times.
O jantar deste ano está previsto para o dia 29 de abril e alguns meios de comunicação já tinham anunciado que não pensavam em comparecer por conta da atitude do presidente em relação à imprensa.
O evento é organizado desde 1920 pela Associação dos Correspondentes da Casa Branca, uma organização que reúne os jornalistas que cobrem o governo e que foi muito crítico com o tratamento de Trump à imprensa e as restrições impostas aos repórteres que seguem o presidente. (EFE)