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Brasil A Operação Lava-Jato investiga aditivos que ultrapassam 2 bilhões de reais acima do valor contratado entre a Odebrecht e uma subsidiária da Petrobras, a Petroquisa

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A estatal também anunciou que perdeu participação no mercado brasileiro de gasolina e diesel. (Foto: Banco de Dados)

Os investigadores apuram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro nas contratações feitas pela Construtora Norberto Odebrecht com a Petroquímica Suape e com a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco, ambas ligadas à subsidiária da estatal. A ação foi deflagrada com base nas delações da Odebrecht.

“Chama atenção que isso ocorra também em subsidiárias da Petrobras, a exemplo da Petroquisa, onde eram destinadas vantagens indevidas em troca de favores. A aprovação de aditivos bilionários era a forma de garantir essas vantagens”, disse o procurador Roberson Pozzobon durante coletiva à imprensa, na sede da superintendência da PF (Polícia Federal), em Curitiba.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), as obras foram direcionadas ao grupo Odebrecht que retribuiu com propinas que chegam a 95 milhões de reais, sendo 32, 5 milhões de reais pagos no exterior. Os valores foram repassados em espécie no Brasil e por meio de offshores a cinco funcionários do alto escalão da estatal e da subsidiária. Os pagamentos foram feitos pelo setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como departamento de propina.

A operação não levou ninguém à cadeia e não recebeu nome, ao contrário da maior parte das ações deflagradas desde março de 2014. Houve ainda uma divergência entre MPF e PF sobre se trava-se da existência de uma nova fase da Lava-Jato. Fontes da PF informaram que houve um embaraço de divulgar como uma nova fase, já que havia somente um mandado de prisão expedido. O MP informou tratar-se da 46ª fase da Lava-Jato à medida que a ação fortalece as investigações.

A Polícia Federal foi às ruas no início da manhã de sexta-feira e cumpriu quatro mandados judiciais de busca e apreensão, um de condução coercitiva e três intimações de medidas alternativas. O único mandado de prisão expedido contra o ex-diretor de novos Negócios da Petroquisa, Djalma Rodrigues de Souza acabou sendo revogado pelo juiz Sergio Moro. Principal alvo da ação, Djalma apresentou atestado médico de que se submeteu a uma cirúgia bariátrica na última quarta-feira no hospital Copa Dor, no Rio de Janeiro. O ex-executivo recebeu alta da unidade na quinta. Ainda assim, teve o passaporte recolhido e está proibido de deixar o País.

Moro ainda determinou o bloqueio de bens de até 20 milhões de reais de Djalma e de outros três acusados. Segundo os investigadores, a representante do Banco Societé Generale no Brasil, Isabel Izquierdo, também foi conduzida coercitivamente por supostamente ter auxiliado a abertura da conta em nome da off-shore Kateland International utilizada por Paulo Cesar Amaro Aquino, um dos ex-gerentes da Petrobras acusados de participar do esquema.

O Ministério Público Federal disse que os pagamentos foram feitos entre 2008 e 2014. O primeiro contrato foi firmado entre Odebrecht e a Petroquímica Suape para construção de uma planta industrial de PTA (Ácido Terefálico Purificado), em 2008. Segundo o procurador Pozzobon, chama atenção a escalada de preços da obra, cujo gasto inicial previsto era de 1,085 bilhão de reais.

Contudo, após o pagamento de propinas aos funcionários da estatal houve dois aditivos que somaram R$ 586 milhões aos contratos em dezembro de 2008. Ao final da obra, considerando também reajustes contratuais, o valor chegou a 1, 9 bilhão de reais.

Já na segundo contratação para construção de plantas industriais e de produção de filamentos têxteis e poletileno tereflatado, o preço estimado era de 1, 8 bilhão de reais. Porém, segundo o MPF, após a corrupção houve novos aditivos em 2012 e o preço final do contrato saltou para 3, 5 bilhões de reais.

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https://www.osul.com.br/em-novo-desdobramento-operacao-lava-jato-investiga-aditivos-que-ultrapassam-2-2-bilhoes-de-reais-em-contratos-firmados-entre-odebrecht-e-uma-subsidiaria-da-petrobras-petroquisa/ A Operação Lava-Jato investiga aditivos que ultrapassam 2 bilhões de reais acima do valor contratado entre a Odebrecht e uma subsidiária da Petrobras, a Petroquisa 2017-10-21
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