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Mundo Em oito meses nasceram 11 milhões de bebês na China. Mais da metade deles tem o que nenhuma criança no país pôde ter nos últimos 38 anos: um irmão

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Crianças chinesas comemoram o Halloween em Pequim. (Foto: Reprodução)

Em oito meses de 2017 nasceram 11,6 milhões de bebês na China. Mais da metade deles tem o que nenhuma criança no país pôde ter nos últimos 38 anos: um irmão. As estatísticas divulgadas ontem pela Comissão Nacional de Saúde e Planejamento familiar da China mostram que 52% dos recém-nascidos de janeiro a agosto deste ano são o segundo filho – algo inédito.

Desde que a China instituiu a política de filho único, em 1979, os casais foram proibidos de ter outro filho. Houve nascimentos com este perfil, mas eram crianças consideradas párias: não eram registradas, não tinham acesso à escola, serviços médicos, e sequer podiam usar os trens. A regra, profundamente impopular, também levou a uma população idosa em expansão, um dos piores desequilíbrios de gênero no mundo e abortos seletivos de fetos femininos. Com a perspectiva de um rápido envelhecimento da população e da escassez de mão de obra, o Partido Comunista chinês decidiu primeiro afrouxar as normas. Em 2015, a aboliu de vez.

O número de nascimentos na China sempre se manteve entre 15 milhões a 16 milhões por ano, desde os anos 2000. No ano passado, com o fim oficial da política de filho único, esse número aumentou 11,5%, para 18,5 milhões, o maior número de nascimentos do século 21. Se compararmos os nascimentos de 2017 com os do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 800 mil nascimentos. Ou seja, não há um boom populacional no país.

O mais impressionante foi o crescimento no número de segundos filhos. Em 2016, foram 45% dos nascidos. Este ano, 52%. Antes do relaxamento das normas, em 2015, esse número não passava de 25%. Trata-se de um aumento substancial, mas ainda está longe do que o governo chinês quer. A expectativa era de que tivessem nascido 20 milhões de crianças no ano passado e neste. Os demógrafos do governo esperam que a liberação aumente em ao menos 30 milhões a população ativa nacional até 2050.

A principal razão para o fim da política do filho único foi a perspectiva de rápido envelhecimento. A população economicamente ativa da China está encolhendo. Hoje, há seis pessoas em idade ativa para uma em idade de aposentadoria. Em 2040, serão dois para um – algo muito similar ao que aconteceu com o Japão em 40 anos. Pelas contas do governo, em 2016 a China tinha 222 milhões de idosos. Estimativas apontam que esse total pode chegar a 450 milhões em 2050 – quase um terço da população.

 

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