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Brasil Em seis dias de greve dos caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal já aplicou mais de 2 milhões de reais em multas

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Segundo a PRF, a maioria dos pontos de bloqueio já está liberada. (Foto: Agência Brasil)

Desde a última terça-feira, dia seguinte ao início da greve nacional dos caminhoneiros em todo o País, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) já emitiu 349 multas por obstrução de rodovias. O valor total das punições é superior a R$ 2 milhões.

Na sexta-feira, uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) estipulou que também sejam aplicadas multas de R$ 100 mil por hora a entidades e R$ 10 mil por dia aos motoristas que atuarem em bloqueios de estradas – a medida vale para os acostamentos.

Entidades sindicais como a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) e a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) alegam, no entanto, que ainda não receberam informações sobre a aplicação de multas contra si ou contra motoristas por esse tipo de infração, apesar de manterem contato constante com seus filiados.

Conforme a PRF, a grande maioria das multas são relativas ao artigo 253-A do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que prevê como infração gravíssima “utilizar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela”.

De acordo com balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal na manhã desse sábado, sexto dia de paralisação da categoria, aos menos 544 dos 596 pontos identificados de bloqueio nas rodovias brasileiras registrados já haviam sido liberados.

GSI

Na noite desse sábado, o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, reiterou que motoristas das Forças Armadas e da PF (Polícia Federal) já estão conduzindo veículos de transporte de carga para normalização. Ele mencionou caminhões-tanque que foram escoltados para abastecer o aeroporto de Brasília.

Segundo ele, a situação já se encaminha para a normalização do abastecimento de combustíveis e cargas no País. O titular da GSI fez a ressalva, porém, de que isso não ocorrerá rapidamente. “Cada caminhão parado por muito tempo parado poderia ter feito várias viagens”, frisou.

Horas antes, em edição-extra do Diário Oficial da União, o governo federal publicou um decreto que autoriza a “requisição de veículos particulares necessários ao transporte rodoviário de cargas consideradas essenciais pelas autoridades”.

O documento também permite ao ministro da Defesa a determinar que servidores públicos habilitados, dentre eles os membros das Forças Armadas, requisitem e conduzam caminhões para realizar a entrega de cargas.

Sérgio Etchegoyen fez questão de destacar, ainda,que a situação dos aeroportos está “quase normalizada”, principalmente no que se refere às unidades de Brasília e Recife (PE), que apresentavam os maiores problemas devido à falta de combustível.

 

 

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