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Mundo Em um ano de governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usa o Twitter, em média, sete vezes ao dia, onde troca farpas e até provocações a outros líderes

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Sua conta pessoal tornou-se mais um canal oficial para anúncios de governo, trocas de farpas com a imprensa e até provocações a outros líderes, como o norte-coreano Kim Jong-Un. (Foto: Reprodução)

Desde 20 de janeiro de 2017, quando tomou posse como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump usa o Twitter, em média, sete vezes ao dia para falar com 46,8 milhões de seguidores. A intensa atividade nessa rede social é uma das marcas registradas do líder, que completa neste sábado (20) um ano de governo. Sua conta pessoal tornou-se mais um canal oficial para anúncios de governo, trocas de farpas com a imprensa e até provocações a outros líderes, como o norte-coreano Kim Jong-Un.

Não raro americanos e seguidores mundo afora são surpreendidos por algum tuíte fora do padrão esperado para um chefe-de-Estado, como quando ele usou o termo “covfefe” numa frase sobre a mídia que postou no meio da noite e deixou sem conclusão, fazendo a rede social ferver com as especulações e piadas sobre o que queria dizer.

Em outubro, durante uma entrevista à Fox Business Network, o presidente defendeu o uso das redes sociais e afirmou que não chegaria à Casa Branca sem elas. “Para ser honesto, duvido que estaria aqui se não fossem as redes sociais”, disse.

Para o professor de relações internacionais da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Matias Spektor, o Twitter é central para a estratégia de comunicação de Trump – considerada de alto risco. “Ele ganhou as eleições porque se apresentou como um político não tradicional, e o Twitter serviu a essa função. Ele é informal, grosseiro e radicaliza posições, usando a rede social para insuflar seu eleitorado”, explica o especialista, que aponta que o republicano comanda a pauta a respeito do seu governo via Twitter.

Brigas

Ao longo do último ano, Trump usou com frequência o Twitter como uma ferramenta para dialogar, brigar ou até mesmo provocar outros líderes internacionais. Com relação à Coreia do Norte, por exemplo, Trump se queixou, na rede social, quando Kim o chamou de “velho” e lamentou que os dois não poderiam ser amigos. “Por que Kim Jong-un me insulta me chamando de ‘velho’ quando eu NUNCA o chamo de ‘baixo e gordo’? Oh, bem, eu tento tanto ser amigo dele – e talvez um dia isso aconteça!”, escreveu o presidente americano na rede social.

Os tuítes de Trump a respeito da Coreia do Norte, no entanto, não se restringem às questões aparentemente pessoais com o líder do país asiático. Em setembro, o próprio Twitter precisou explicar por que manteve uma ameaça do presidente – que viola os termos de uso da plataforma – aos norte-coreanos no ar.

Depois do discurso de Trump na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), quando ameaçou “destruir totalmente” a Coreia do Norte, o presidente americano chamou Kim de “homenzinho do foguete” e disse que o líder supremo norte-coreano e seu chanceler “não estarão muito tempo por aí”.

O post foi interpretado por muitos usuários como promoção de violência e comportamento abusivo. Na época, o Twitter disse que não trata Trump de uma forma especial nem com leniência. Mas que leva em consideração a relevância pública das declarações dele, enquanto presidente dos EUA. Para Spektor, Trump é, na prática, mais moderado e comedido do que dá a entender no Twitter. “Em toda a questão da Coreia do Norte, enquanto ele xingava o presidente, nos bastidores ele propunha o diálogo”, detalha.

“O líder norte-coreano Kim Jong-un disse que o botão nuclear está na mesa dele todo tempo. Alguém de seu regime abatido e sem alimentos pode avisá-lo que eu também tenho um botão nuclear, mas é um muito maior e mais poderoso que o dele. E o meu botão funciona!”, escreveu.

Trump manteve também uma postura ofensiva na rede social em relação ao Reino Unido, aliado de longa data dos EUA. Depois de despertar uma onda de críticas ao compartilhar vídeos anti-islâmicos publicados por Jayda Fransen, vice-líder do grupo anti-imigração Reino Unido Primeiro, Trump foi criticado por Theresa May, premiê britânica.

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Para Spektor, a intensa atividade de Trump no Twitter também gerou uma mudança na maneira como os políticos lidam com o eleitorado. “Essa atitude enfraquece a metodologia de fazer assessoria de comunicação para um grande político. Aquele modelo tradicional, que vigora no Brasil hoje, está sendo questionado por Trump”.

O acadêmico se refere ao fato de que atualmente, o Twitter é também palco para que Trump anuncie decisões mesmo antes de a Casa Branca comunicá-las oficialmente. Em julho, quando resolveu que não iria permitir que transgêneros prestassem nenhum tipo de serviço militar nos EUA, Trump anunciou a decisão no Twitter, em primeira mão.

“Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares”, escreveu no Twitter.

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