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Mundo Embaixador da Bolívia no Brasil diz que não mantém contato com o governo Bolsonaro

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O embaixador da Bolívia no Brasil, José Kinn Franco, destacou que deve renunciar em algum momento. (Foto: Reprodução)

O embaixador da Bolívia no Brasil, José Kinn Franco, disse nesta terça-feira (12) que não mantém um diálogo com o governo de Jair Bolsonaro. Após participar de reunião com partidos de esquerda na Câmara dos Deputados, o diplomata denunciou o “golpe estruturado pela extrema direita no seu país”. Após renunciar, Evo Morales desembarcou no México nesta terça-feira, onde recebeu asilo político. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.

Quero aproveitar (o momento) para fazer a denúncia de que esse golpe foi construído antes das eleições (presidenciais na Bolívia). Foi organizado, programado e estruturado pela extrema-direita de nosso país, que é uma direita muito conservadora, violenta, racista e que está agora perseguindo as lideranças do nosso partido, o MAS (Movimento para o Socialismo)”, disse José Kinn Franco.

A jornalistas, o diplomata disse que, desde o início da crise, não foi procurado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, ou por qualquer outro integrante do governo brasileiro.

Ainda não nos contatamos. Não tive a oportunidade (…) Estamos esperando para ver como terminam os acontecimentos na Bolívia para então fazer um relacionamento com o governo brasileiro, à luz dos resultados finais desses acontecimentos”, disse o embaixador.

Ele disse ainda que não foi destituído do cargo porque “não há governo” na Bolívia, mas destacou que deve renunciar em algum momento.

Temos algumas renúncias de alguns embaixadores em solidariedade ao presidente Evo Morales, mas temos algumas tarefas a cumprir. Por isso eu ainda não renunciei. Mas eu vou renunciar em algum momento também”, afirmou.

Sobre os indícios de irregularidade no pleito boliviano, que registrou a vitória de Evo no primeiro turno, o diplomata argumenta que “não comprovaram nunca” as fraudes.

Mais tarde, a senadora Jeanine Áñez, do partido oposicionista Unidad Demócrata, declarou-se presidente da Bolívia. “Assumo imediatamente a Presidência”, disse Jeanine, embora a bancada do MAS, partido liderado pelo ex-presidente Evo Morales, não estivesse presente no Congresso.

Asilo no México

Evo Morales chegou nesta terça-feira à Cidade do México, capital mexicana, depois que o país lhe concedeu asilo político. Ele chegou acompanhado de Álvaro García Linera, seu vice-presidente, que também renunciou ao mandato no último domingo, além de representantes do corpo diplomático mexicano.

Ao chegar ao México, Morales fez apelo, pelas redes sociais, à toda população boliviana para colaborar para que não haja mais derramamento de sangue. Ele agradeceu ao presidente mexicano, que “me salvou a vida”. Segundo Evo Morales, no último sábado (9), quando chegava a Cochabamba, um membro do Exército mostrou mensagens e chamadas que demonstravam um pedido para “entregá-lo em troca de US$ 50 mil”. “Por isso agradeço, pois me salvaram a vida”, disse.

 

 

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