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Brasil A Embraer confirmou a negociação sobre uma fusão com a Boeing

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Governo brasileiro tem poder para barrar negócio. (Foto: Divulgação/Embraer)

A Embraer confirmou nesta quinta-feira (21) que está negociando com a americana Boeing uma potencial combinação dos negócios das duas companhias.

Em comunicado ao mercado, a Embraer afirmou que as “bases (de um acordo) ainda estão sendo discutidas” e que não há garantias de que uma transação poderá ser alcançada.

A informação de uma negociação foi publicada inicialmente no “Wall Street Journal”,em reportagem que falava sobre conversas da Boeing para uma possível aquisição da Embraer. As ações da Embraer dispararam mais de 30% depois da notícia.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), cidade onde se situa a sede da Embraer e a maioria de suas linhas de produção no país, já informou nesta quinta-feira que repudia a “possibilidade de compra” da companhia pela norte-americana Boeing.

Além disso, o governo brasileiro é contra tal movimento e tem poder para vetá-lo: desde que a empresa foi privatizada em 1994, a União detém uma “golden share” (ação preferencial) que lhe dá voz ativa em qualquer decisão estratégica.

Procurado, o Ministério da Defesa disse que não iria comentar o caso. A Embraer, que tem valor de mercado estimado em US$ 3,7 bilhões, informou que divulgaria uma nota. O escritório da Boeing para a América Latina ainda não se pronunciou.

A notícia caiu como uma bomba no mercado. As ações da Embraer listadas na Bolsa americana subiam 26%, para US$ 24,44. A Boeing caiu menos de 1%, para US$ 297,13. Na Bolsa brasileira, as ações da Embraer subiam 21,38% às 15h40min, cotadas a R$ 20.

A intenção dos americanos é dar uma resposta estratégica à associação estabelecida entre a rival europeia Airbus e a fabricante canadense Bombardier.

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