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Economia A empreiteira OAS atrasou o salário dos seus executivos em março

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Segundo fontes próximas à empresa, essa situação não afeta diretamente o cumprimento do plano de recuperação judicial. Mas indica um possível problema de liquidez. (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez em sua história, a OAS deixou de pagar salário a funcionários. Trezentos e cinquenta pessoas que ocupam cargos de confiança receberam um e-mail nesta semana no qual a empresa informou que não poderia realizar o pagamento de fevereiro por motivos “inesperados” em recebimentos de obras.

O número de pessoas representa 1,45% de seus 24 mil funcionários. Uma das envolvidas na Operação Lava-Jato, a OAS está em recuperação judicial, com dívidas de aproximadamente R$ 10 bilhões. A empresa informou que o problema deve ser resolvido nos próximos dias.

“O atraso do pagamento neste início de mês é uma situação pontual, limitada ao pessoal que ocupa cargos de confiança e provocada por um atraso inesperado em recebimentos de obras, que deve ser resolvido nos próximos dias.”

Segundo fontes próximas à empresa, essa situação não afeta diretamente o cumprimento do plano de recuperação judicial. Mas indica um possível problema de liquidez.

Troca de comando

Ainda lutando para cumprir seu plano de recuperação judicial, o grupo baiano OAS mudou de comando. A família Mata Pires decidiu substituir o engenheiro Elmar Varjão pelo advogado Josedir Barreto, que exercia o cargo de diretor jurídico e de relações com investidores da empresa.

Para cumprir sua reestruturação, a OAS precisa transferir a seus principais credores a fatia de 24,4% que possui na Invepar, empresa de concessões que administra o aeroporto de Guarulhos. A operação havia sido barrada na Justiça por credores insatisfeitos com o acordo.

A companhia ganhou as ações judiciais sobre o caso, mas ainda não conseguiu fazer a transferência, pois aguarda a autorização do governo do Rio – a Invepar também é concessionária do metrô carioca.

PSDB e a OAS

Ex-executivos da OAS e da Andrade Gutierrez afirmaram em depoimentos à Polícia Federal que pagaram propinas a autoridades de São Paulo, que, segundo eles, tinham como destino final a campanha do PSDB ao governo do Estado em 2006. Os depoimentos de Carlos Henrique Barbosa Lemos, ex-diretor da OAS, e de Flávio David Barra, ex-presidente da Andrade Gutierrez Engenharia, foram prestados no âmbito do inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga o atual senador José Serra (PSDB-SP), aberto com base na delação premiada da Odebrecht.

Lemos e David Barra confirmaram à PF acusações feitas por delatores da Odebrecht. Com a Andrade e a OAS, já são três empresas das cinco que lideraram as obras do Rodoanel paulista cujos ex-dirigentes admitiram pagamentos à campanha tucana como contrapartida pelos contratos.

O ex-diretor da OAS afirmou que empreiteiras fizeram um acordo em 2006 para o repasse de R$ 30 milhões ao ex-secretário de Transportes de São Paulo Dario Rais Lopes. Segundo ele, os recursos eram referentes a obras do Rodoanel e abasteceram o caixa 2 do PSDB. Lemos disse ainda que parte dos valores foi repassada em espécie para Mário Rodrigues Júnior, então Diretor de Engenharia da Dersa. Outra parte, segundo ele, foi “transferida na forma de doações eleitorais ao PSDB devidamente registradas na Justiça Eleitoral”. Rodrigues Júnior foi citado por delatores da Odebrecht como destinatário de um repasse de R$ 1,2 milhão.

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https://www.osul.com.br/empreiteira-oas-atrasou-o-salario-dos-executivos-em-marco/ A empreiteira OAS atrasou o salário dos seus executivos em março 2018-03-09
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