Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2016
O MP (Ministério Público) desencadeou na manhã desta terça-feira (05) a Operação Braço Forte para combater uma série de delitos praticados por integrantes da empresa Nasf Portaria e Segurança, em Pelotas, no Sul do Estado.
De acordo com as investigações do MP, o grupo é responsável por crimes como tortura, milícia, lesões corporais e danos patrimoniais. Foram cumpridos 14 mandados de prisão, 21 de busca e apreensão de veículos e outros 26 de busca e apreensão na sede da empresa e nas residências dos suspeitos.
Conforme os promotores de Justiça Flávio Duarte e Reginaldo Freitas da Silva, coordenadores da Operação Braço Forte, a Nasf é de propriedade de um tenente da reserva da Brigada Militar. A empresa, que deveria prestar serviço de zeladoria, se organizou em uma milícia que torturava suspeitos de crimes e também outras pessoas sem nenhuma vinculação com delitos. “Na prática, eles vendem um serviço que não é preventivo, mas sim repressivo”, explicaram.
Vídeos gravados pelos próprios acusados comprovam agressões a um suspeito de ter roubado uma residência para a qual a Nasf prestava serviços. Interceptações telefônicas autorizadas judicialmente também evidenciam os crimes praticados pelo bando. A empresa possui mais de 5 mil clientes e arrecada aproximadamente R$ 500 mil mensais. O nome da operação, Braço Forte, é uma alusão ao slogan da empresa “O braço forte da comunidade”.