Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2017
O Uber anunciou nesta quarta-feira (8) um acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana, para desenvolver sistemas de controle de tráfego aéreo para táxis aéreos. O anúncio foi feito pelo diretor de produtos da companhia, Jeff Holden, no palco da conferência Web Summit, em Lisboa.
“Esse é exatamente o tipo de parceria que precisamos para tornar o uberAIR uma realidade”, disse Holden, sobre a Nasa.
Os planos de criação de uma frota de táxis voadores foram apresentados em abril. Batizado como uberAIR, o projeto está previsto para começar a ser testado em 2020, nas cidades de Dallas e Dubai. No anúncio, Holden afirmou que Los Angeles também entrou na lista.
O Uber já havia fechado parcerias com fabricantes de aviões, incluindo a brasileira Embraer, mas é a primeira vez que um acordo é formalmente fechado com uma agência federal norte-americana, o que pode facilitar as aprovações necessárias.
O acordo faz parte do “Space Act Agreement“ da Nasa, um consórcio de empresas do setor aeronáutico criado para garantir operações seguras e eficientes de táxis e outros pequenos veículos aéreos não tripulados em baixas altitudes.
Conhecida pelo trânsito caótico, Los Angeles é o campo de testes ideal para o novo projeto. Holden estima que viagens do aeroporto de Los Angeles ao Staples Center, durante o horário do rush, levaria menos de 30 minutos, contra 1h20min de carro. A projeção é que os custos aos passageiros sejam similares aos do serviço UberX.
O objetivo da companhia é criar um novo método de transporte rápido e barato, que esteja funcionando “muitos anos antes” dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
Serviço de táxi com drones
Dubai exibiu um voo do que disse será em breve o primeiro serviço de táxi de drone do mundo, dentro do ambicioso plano da cidade dos Emirados Árabes Unidos para liderar a inovação no mundo árabe. O táxi voador desenvolvido pela empresa de drones alemã Volocopter se assemelha a um pequeno helicóptero de dois lugares e 18 hélices. O aparelho não tinha tripulação no voo de teste.
Produzido para funcionar sem controle remoto e com duração máxima de 30 minutos, o táxi voador vem com abundância de sistemas de segurança em caso de problemas: baterias reservas, rotores e, para o pior dos casos, um par de paraquedas.
A Volocopter está em uma corrida com mais de uma dúzia de empresas europeias e norte-americanas bem financiadas para criar uma nova forma de transporte urbano, resultado do cruzamento de um carro elétrico autônomo e uma aeronave de decolagem e pouso vertical.
Entre os concorrentes estão a gigante aeroespacial Airbus, que pretende apresentar um táxi voador até 2020; a Kity Hawk, apoiada pelo cofundador do Google, Lary Page; e a Uber.
A Volocopter realizou seu primeiro voo teste em uma cerimônia organizada para o príncipe de Dubai, Sheikh Hamdan bin Mohammed.
Os Emirados Árabes Unidos procuram se distinguir em uma região mergulhada em guerras e conflitos como uma sociedade de alta tecnologia e do futuro.
O país planeja enviar uma sonda não tripulada para Marte até 2021, a primeira missão do mundo árabe no espaço, e Dubai, de muitas maneiras, liderou sua marcha para o futuro, introduzindo os primeiros protótipos de metrôs autônomos e policiais robôs da região.