Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2017
Quando Hadley Ford criou uma companhia para investir no negócio da maconha legalizada, de crescimento rápido, o ex-banqueiro de investimento do Goldman Sachs Group deixou Nova York e foi para o Canadá.
Mais da metade dos Estados dos EUA autoriza o uso medicinal ou recreativo da maconha, mas a droga ainda é proibida pelo governo federal e por isso os empreendedores do ramo ficam sem capital institucional.
As principais bolsas de valores não aceitam a listagem de empresas que Washington considera ilegais e a maioria dos bancos e de outros credores ficou à margem. Então Ford criou uma empresa de capital aberto que arrecada dinheiro no Canadá, onde o uso medicinal da maconha é permitido, o primeiro-ministro Justin Trudeau apoia a legalização total e banqueiros, advogados e contadores trabalham sem medo de serem processados.
Essa iniciativa introduziu Ford em um mercado de capital público de cannabis e abriu uma porta para financiar investimentos nos EUA. “Temos um campo de ação de US$ 50 bilhões só para nós e os preços estão ridiculamente baratos”, disse Ford em uma entrevista. “É impossível imaginar um modelo de negócios melhor para um ex-banqueiro do Goldman Sachs.”
Ford, de 57 anos, aparece em uma lista crescente de empreendedores que estão capitalizando a diferença entre os dois países no que se refere à maconha. Duas outras empresas americanas focadas na maconha seguiram seus passos na Canadian Securities Exchange, que atende principalmente empresas de valor de mercado pequeno nos setores de mineração, tecnologia e biotecnologia.