Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
Com a queda nos preços do petróleo há pouco mais de um ano, as empresas do setor de óleo e gás em todo o mundo cortaram mais de 250 mil empregos, segundo dados da consultoria Graves & Co. E o número poderá subir, alertou um dos executivos da empresa norte-americana John Graves.
As demissões refletiram o cenário atual da indústria, que sofre com o recuo de preços. Na sexta-feira, o barril do tipo WTI (usado como referência no mercado dos Estados Unidos) chegou a 41,9 dólares. O Brent (usado como referência mundial) fechou a 44,6 dólares.
Para amenizar a situação, as empresas estão cortando gastos. Segundo a Graves & Co, foram mais de 100 bilhões de dólares em redução de despesas. Há também 1 mil plataformas de petróleo ociosas no momento no planeta, maior patamar no espaço de cinco anos. “Fiquei surpreso. O número é muito elevado. E ainda piorará antes de melhorar”, disse Graves, destacando que as companhias que prestam serviços à exploração e produção de petróleo respondem por 79% das dispensas.
Apesar da queda no custo do petróleo e das pressões para que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduza a produção, o grupo poderá ser obrigado a elevar os preços nos próximos meses.
Atualmente, a geração diária da Opep está limitada a 30 milhões de barris. Isso porque o Irã está pedindo à Arábia Saudita, maior extratora do mundo, que suba a produção em até 1 milhão de barris por dia em seis meses com o final das sanções econômicas impostas aos persas pelo Ocidente. “Eu mandei uma carta para que a Opep considere o nosso regresso ao mercado petroleiro”, anunciou nesse domingo o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh. (AG)