Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2019
Ainda em fase de teste em Porto Alegre, os patinetes e bicicletas oferecidos por empresas privadas passarão a ter de beneficiar também pessoas de baixa renda. A proposta da prefeitura é elaborar um regramento o menos restritivo e burocrático possível para viabilizar o crescimento dessas e de outras opções como meio de transporte, conforme explicou o secretário extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello.
Agora, as empresas interessadas em oferecer o serviço em Porto Alegre precisarão apresentar projetos que permitam à população de menor poder aquisitivo utilizar os serviços. Ao assinar o decreto que regulamenta a utilização desses meios de transporte, na tarde desta segunda-feira (23), o prefeito Nelson Marchezan Júnior enfatizou que, ao encaminhar o pedido de credenciamento, as empresas terão de informar de que maneira atenderão às pessoas que podem ter dificuldade de alcance aos equipamentos por morarem em bairros mais afastados ou por questões financeiras.
“É um projeto social para favorecer as pessoas mais humildes a terem acesso a essa alternativa de mobilidade, que é também de lazer, de realização pessoal e de humanização da cidade”, afirmou o prefeito.
Novas regras
As bicicletas elétricas só podem circular em ciclofaixas, ciclovias, ruas e avenidas com velocidade máxima de 25 quilômetros por hora. No caso dos patinetes, nas calçadas a velocidade máxima é de 6 quilômetros por hora e em ciclovias e ciclofaixas, de 20 quilômetros por hora. Está vedada a circulação em ruas e avenidas.
Os condutores serão recomendados a usar capacetes como proteção. A sinalização deverá ser feita pelas operadoras do serviço, que também terão a responsabilidade de promover iniciativas permanentes de educação aos usuários.
Segundo o gerente de desenvolvimento e inovação da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Augusto Langer, as normas de utilização dos patinetes e bicicletas compartilhados foram elaboradas de modo a assegurar a preferência sempre ao pedestre. “No país inteiro, onde quiseram dar respostas muito rápidas, a regulamentação acabou tendo problemas. Aqui, buscamos o equilíbrio entre trânsito e segurança, e para o convívio harmônico e pacífico entre usuários e pedestres. Há espaço para todos. É só as pessoas se respeitarem”, disse Langer.