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Mundo O que esperar do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin nesta segunda-feira

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Putin e Trump tiveram, até então, apenas encontros informais em eventos na Alemanha e no Vietnã. (Foto: Reprodução)

Envolvidos em uma relação difícil de classificar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrarão em Helsinque, na Finlândia, nesta segunda-feira. Questionado esta semana se enxergava o presidente russo como seu amigo ou inimigo, o próprio líder norte-americano preferiu uma terceira opção: “concorrente”.

Esta será a primeira vez que os dois terão um encontro particular. Antes, eles estiveram juntos apenas informalmente, em ocasiões em que participavam de eventos com outros líderes mundiais. A Finlândia foi escolhida por sua suposta neutralidade política.

Conforme O Globo, além das sempre conturbadas relações entre EUA e Rússia, outros assuntos devem tornar a pauta ainda mais delicada. Apesar do clima cordial que Trump faz questão de demonstrar em relação a Putin, a quem costuma elogiar com frequência, não há como ignorar, por exemplo, as acusações de interferência russa no processo eleitoral americano de 2016, as divergências dos dois países na Síria e a rivalidade direta da Rússia com a Otan.

Pontos de atrito

1- Armas nucleares
Segundo o Kremlin, o desarmamento nuclear global deve ser o tema-chave da reunião. O assessor para Assuntos Internacionais de Putin, Yuri Ushakov, afirmou que “a Rússia está há muitos anos oferecendo diálogo sobre a saída dos EUA do tratado sobre mísseis antibalísticos”, fazendo referência à decisão do então presidente George H.W. Bush, em 2002, de deixar o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start II).
A decisão permitiu que a Casa Branca construísse um escudo antimísseis, iniciativa considerada pelo Kremlin como uma grave ameaça à soberania da Rússia.
Este ano, às vésperas da eleição presidencial, Putin apresentou uma nova geração de armas nucleares que, garantiu, é capaz de perfurar o escudo norte-americano.
Trump já deixou claro que não vai desistir do polêmico escudo, mas a cúpula poderia terminar com um acordo dos dois presidentes para prorrogar por cinco anos o Start III, que se encerra em 2021.

2- Reino Unido
A Rússia atravessa um período turbulento com o Reino Unido, considerado o maior aliado norte-americano. A crise foi provocada pelo caso de envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal em Salisbury, em março, que desencadeou uma crise diplomática que culminou com a expulsão de diplomatas dos dois países e a ausência de políticos britânicos e membros da família real no Mundial.

3- Crimeia
Oficialmente, os Estados Unidos não reconhecem a reivindicação russa sobre a Crimeia, mas no dia 29 de junho, a bordo do Air Force One, o presidente americano respondeu com um “teremos que ver… vou falar com ele sobre tudo” ao ser questionado por repórteres se discutiria o assunto com Putin.
A resposta fez com que a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, fosse obrigada a esclarecer que “não reconhecemos a tentativa da Rússia de anexar a Crimeia. Concordamos em discordar e as sanções contra a Rússia permanecem em vigor até que a Rússia devolva a península à Ucrânia.”

4- Síria
Rússia e Estados Unidos combatem o Estado Islâmico na Síria, mas atuam em frentes opostas. Enquanto os russos lutam ao lado do presidente sírio Bashar Al-Assad, os norte-americanos lideram uma coalizão que apoia os rebeldes contrários ao governo. Mas nas duas vezes em que Trump e Putin conversaram pessoalmente, os dois chegaram a acordos parciais sobre como agir naquele país.
Em julho de 2017, na Alemanha, eles acordaram um cessar-fogo através de um memorando de entendimento, que envolveu também a Jordânia, mas a iniciativa não durou muito tempo.
E em seu habitual tom provocador, Trump já disse à Rússia que mísseis “bacanas, novos e inteligentes” estariam chegando à Síria, e Putin respondeu que mais ataques ocidentais contra a Síria trariam o caos aos assuntos mundiais.

5- Eleições de 2016
O presidente dos EUA nega que russos tenham interferido no processo eleitoral de 2016 e contribuído para sua vitória, mas uma investigação sobre o caso está em andamento. Algumas pessoas já foram indiciadas e outras acusadas, inclusive algumas diretamente ligadas a Trump, como ex-assessores de sua campanha.

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