Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2017
O primeiro dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2017 teve questões de humanidades com muita carga de leitura e exigiu dos candidatos conhecimentos de história, geografia, filosofia e sociologia da Antiguidade até atualidades como a usina de Belo Monte, na Região Norte do Brasil.
Entre as correntes de pensamento que caíram na prova de ciências humanas estão os princípios do iluminismo e o Manifesto Futurista. Houve ainda três pensadores gregos citados na prova: Aristóteles e o seu conceito que relaciona o “sumo bem” e a organização das polis”,
A prova ainda cobrou “controle dos meios de comunicação no Estado Novo”, relação do avanço tecnológico com a publicidade, a prova também trouxe item sobre um artigo da Constituição sobre proteção às terras indígenas.
Em linguagens, alguns dos escritores e artistas citados foram Clarice Lispector, Chico Buarque, Paulo Leminski e Racionais MC, com a canção “Fim de semana no parque”. Alguns dos temas que apareceram na prova foram violência doméstica, o vírus HPV e uma questão sobre como os brinquedos impactam a vida das crianças, dando como exemplo a boneca Barbie e o fato de sua cintura não ser capaz de conter um rim de um ser humano de tamanho normal.
Redação
O tema da redação foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Segundo professores ouvidos sobre a prova, a abordagem específica dos surdos – e da formação educacional dos surdos – pode ter deixado muitos candidatos assustados, mas as chaves para fazer uma boa prova são não esquecer de falar especificamente da educação, não abordar genericamente todas as deficiências e focar a proposta de intervenção na inclusão.
No Twitter, quem acompanhava o debate sobre os possíveis temas ficou frustrado, já que a principal aposta era que a redação fosse tratar de homofobia.
Especialistas em educação de surdos sugerem argumentos para o texto. professor Everton Pessôa de Oliveira, tradutor-intérprete de Libras-português, entre outros pontos, lembra que há escolas particulares que negam a matrícula de crianças surdas ou cobram taxas extras da família para que seja contratado um professor bilíngue ou intérprete.
Correção
A correção é feita por meio de um sistema de reconhecimento, no qual a FGV (Fundação Getulio Vargas) e a Cesgranrio extraem os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante, durante a etapa de digitalização. Por isso, é imprescindível que o preenchimento do cartão-resposta tenha sido realizado com caneta esferográfica de tinta preta. O mesmo vale para a folha de redação. Os rascunhos e as marcações assinaladas nos cadernos de questões não serão considerados para fins de correção.
O processo de correção é feito tanto pela Cesgranrio quanto pelo Inep, para conferência. As redação são corrigidas pela Vunesp (Fundação para Vestibular da Universidade Estadual Paulista). O Inep, já com as notas da redação repassadas pela Vunesp e os resultados das questões objetivas, processa o resultado, dando origem ao Boletim de Desempenho, que será disponibilizado aos participantes em 19 de janeiro de 2018.