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Brasil Entenda a investigação que envolve a família Bolsonaro

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Clã do presidente eleito tem a sua primeira grande polêmica antes da posse. (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente eleito Jair Bolsonaro e a sua família enfrentam a sua primeira grande polêmica antes da posse do futuro governo, no dia 1º de janeiro. Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou diversas transações financeiras em contas de assessores parlamentares, incluindo o do senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do futuro mandatário.

Ligado ao Ministério da Fazenda, o Coaf é o órgão responsável por monitorar e receber extratos do bancos sobre transações suspeitas ou atípicas. A lei determina que todos os bancos precisam relatar uma movimentação que não esteja de acordo com as realizadas pelo cliente.

Conforme um relatório do órgão, o PM da reserva Fabrício José Carlos de Queiróz, ex-assessor de Flávio, fez uma transação no valor de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 em sua conta. Essa movimentação inclui um cheque no valor de R$ 24 mil, destinado à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A operação financeira não garante que haja alguma irregularidade, mas demonstra que os valores não seguiram o padrão esperado para o cliente em questão. Queiroz atuava como motorista e segurança de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e é amigo de longa data do presidente eleito. Ele foi exonerado do cargo em outubro.

O documento, que foi validado pelo Ministério Público, também revela que a maioria dos depósitos em dinheiro realizados na conta do ex-assessor coincide com os dias de pagamento no Legislativo fluminense. O relatório foi produzido como parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, para identificar transações de assessores legislativos que pudessem estar ligadas a esquemas de pagamento de propina a deputados estaduais no governo de Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

A análise ainda identificou operações atípicas de auxiliares de outros 20 deputados de 11 partidos na Assembleia Legislativo. Além disso, o Coaf encontrou um enorme volume de depósitos e saques inferiores a R$ 10 mil na conta de Queiroz, o que, segundo o órgão, seria uma tentativa de dificultar a identificação da origem e do destino da verba. Outra parte do relatório revela saques em espécie no total de R$ 324.774, e R$ 41.930 em cheques compensados.

Na folha de pagamento do Legislativo do mês de setembro consta que o ex-motorista de Flávio recebeu R$ 8.517 de remuneração. O valor ainda acumulava com o rendimento mensal de R$12,6 mil da Polícia Militar. Após a revelação do relatório, o filho de Bolsonaro defendeu seu ex-assessor e disse não ter conhecimento sobre nada que possa “desabonar” a conduta de Queiroz.

“Fabrício Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta. Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos”, escreveu no Twitter.

Já o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que se tiver “algo errado” no caso das transações “atípicas”, “que paguemos a conta”. No entanto, ele ressaltou que nem ele e nem seu filho são investigados.

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