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Mundo Entenda como vai funcionar a nova moeda da Venezuela

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O presidente Nicolás Maduro ainda precisa explicar melhor alguns mistérios que envolvem os mecanismos da moeda digital. (Foto: Twitter/Fotos Públicas)

A Venezuela passou a adotar, nesta segunda-feira (20), o bolívar soberano – a partir de uma maxidesvalorização de 95% – e que será baseado na Petro, uma criptomoeda lastreada pelas reservas de óleo do país. A mudança está impulsionando o interesse pela Petro, que foi criada para ser à prova de depreciação. Ainda assim, meses após o lançamento da criptomoeda, o presidente Nicolás Maduro ainda precisa explicar melhor alguns mistérios que envolvem os mecanismos da moeda digital. As informações são da Bloomberg News.

Veja a seguir o que é sabido até aqui – com base em declarações de Maduro e em informações do site montado pelo governo venezuelano para comercializar a criptomoeda, que o país garante que estará ligada ao novo “bolívar soberano”.

O que é?

A Petro será uma moeda digital lastreada e emitida pelo governo venezuelano. Ela está associada às reservas de óleo bruto do país, segundo relatório divulgado pelo governo em janeiro deste ano. A Venezuela vai emitir cem milhões de Petros, baseadas na plataforma de blockchain NEM, sendo que o estado “não será capaz de fazer novas emissões”, de acordo com o relatório.

O valor da moeda digital terá como referência o preço de uma cesta de produtos de petróleo da Venezuela, menos um desconto variável e será a divisa aceita para pagamento de impostos, taxas, contribuições e serviços públicos.

O governo avalia a Petro em 3.600 bolívares soberanos – ou US$ 60, pela nova taxa de câmbio – e vai permitir que a criptomoeda seja flutuante, disse Maduro à TV estatal no último sábado.

Confiabilidade

Os mais críticos questionam a confiabilidade da moeda. Alguns sites de classificação avaliam a Petro como uma fraude, como o ICOindex.com, que classifica a moeda como um “golpe”, argumentando que faltam informações técnicas importantes, incluindo sobre como é lastreada pelo petróleo, além de incertezas sobre como o governo venezuelano seria capaz de gerir uma complexa tecnologia de blockchain.

Enquanto as criptomoedas foram originalmente criadas para atuarem de forma decentralizada e livres do controle de terceiros ou do governo, a Petro não é uma coisa nem outra.

Lançamento

O lançamento da Petro será feito em duas fases: uma pré-venda privada de 38,4 milhões e uma oferta pública de mais 44 milhões de criptomoedas, com descontos iniciais com o objetivo de incentivar os primeiros compradores. A Superintendência de Criptomoedas e Atividades Correlatas da Venezuela ficará com os 17,6% de Petros restantes, segundo o relatório.

Em um pronunciamento que fez em março, Maduro afirmou que a Venezuela contava com US$ 5 bilhões em ofertas vindas de 133 países, incluindo Rússia, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos e México. Naquele mesmo mês, o presidente Donald Trump proibiu os americanos de comprarem Petros.

Após a período de pré-venda concluído em março, porém, Maduro disse que o país captara US 3,3 bilhões em declaração à TV, em abril. As reservas do banco central do país ficaram com cerca de US$ 1 bilhão das vendas, usando esses recursos também para leilões de moeda estrangeira, declarou o presidente venezuelano à época.

O consumidor pode comprar a Petro ao se inscrever e baixar uma carteira digital do site da Petro, segundo as instruções divulgadas. A venda pública será mantida até que todas as criptomoedas disponíveis sejam compradas. Depois disso, será possível adquirir Petros no mercado secundário. O portal da Petro também traz a informação de que US$ 735 milhões foram levantados com a moeda, sem especificar se esse montante está relacionado à venda pública.

O governo da Venezuela será o único regulador da moeda digital, com o Tesouro de Criptomoeda à frente de todos os processos, da emissão à comercialização da Petro, segundo o jornal estatal publicou em abril.

Por que Maduro recorreu à nova moeda? O presidente afirma que a Petro terá um “grande impacto” em como a Venezuela acessa moedas estrangeiras e obtém produtos e serviços de todo o mundo – uma referência a fuga de dólares do país como resultado das sanções impostas pelos EUA.

Uso da moeda

A Venezuela aprovou o uso da Petro e “todas as demais criptomoedas” como forma de pagamento em destinos turísticos populares e em sua fronteira com a Colômbia, de acordo com o jornal estatal de 22 de março e distribuído em abril. As ilhas Margarida, Los Roques e as cidades fronteiriças de Urena e San Antonio del Tachira estão entre essas áreas. Ainda assim, as principais empresas de câmbio, como Binance e Bitfinex, ainda não cotam a Petro.

Um país que não vai usar a Petro para comprar óleo da Venezuela em nenhum momento em um futuro próximo é a Índia, já que o banco central indiano proibiu os bancos de negociarem moedas digitais.

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https://www.osul.com.br/entenda-como-vai-funcionar-a-nova-moeda-da-venezuela/ Entenda como vai funcionar a nova moeda da Venezuela 2018-08-20
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