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Ciência Entenda o que um veículo lunar chinês vai explorar no “lado oculto da Lua”

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Veículo lunar Yutu 2 recolherá amostras do solo e recolherá dados de temperatura e pressão em busca da pistas sobre processo de formação da Lua. (Foto: Reprodução)

Após o pouso realizado com sucesso na quinta-feira (3), a agência espacial chinesa anunciou que o veículo espacial chamado de Yutu 2 (ou Jade Rabbit 2), que irá explorar o “lado oculto” da Lua, separou-se – também com sucesso – da sonda Chang’e 4 e já começou seu trabalho na superfície lunar 12 horas após a chegada. As informações são do jornal O Globo.

Ecoando o primeiro homem a pisar na Lua em 1969, o norte-americano Neil Armstrong, o chefe do projeto, Wu Weiren, saudou a separação do veículo lunar:

“É um pequeno passo para o veículo, mas um enorme salto para a nação Chinesa”, disse ele no anúncio da separação do Yutu 2.

Como o primeiro veículo a pousar no “outro lado da Lua” – região lunar que não é possível ver da Terra – o Yutu 2, nomeado em homenagem à deusa chinesa da Lua, pousou na mais profunda e antiga cratera lunar, conhecida como Aitken, próximo ao polo Sul do satélite.

Com a ajuda de testes de solo e temperatura, a agência espacial chinesa espera encontrar novas pistas que indiquem o processo de formação da Lua, além da presença de água no solo lunar. Para isso, explora a cratera mais antiga do corpo celeste, em uma área que só era conhecida por meio de imagens até então.

O chamado “lado oculto da Lua”, no entanto, não é mais escuro que o lado visível por um observador da Terra, uma vez que os raios de Sol incidem da mesma forma em ambas as faces. Uma vez que o satélite gira exatamente no mesmo ritmo que a Terra, um dos lados da Lua, no entanto, fica permanentemente fora do campo de visão. O “lado oculto” tem diferenças da face que é possível observar da Terra: com as primeiras imagens feitas em 1959 pela sonda soviética Luna 3, foi possível perceber que a parte desconhecida abrigava mais crateras e parecia desprovida das regiões tomadas por lava solidificada.

De acordo com cientistas envolvidos no projeto, é provável que asteroides tenham atingido a face visível da Lua durante os primórdios do sistema solar, o que provocou o vazamento de lava, que se acumulou nas crateras. Do outro lado, no entanto, é provável que menos precipitação de lava tenha ocorrido, o que manteve algumas crateras abertas até hoje, como a Aitken. Dessa forma, as origens do sistema solar também são um assunto sobre o qual a Yutu 2 pretende ter mais respostas.

No rastro do Big Bang

A missão também será a primeira a realizar observações do outro lado da Lua, que é considerado como um ótimo lugar para monitorar ondas de rádio vindas do espaço profundo. Com a interferência de diversos tipos de ondas eletromagnéticas no planeta Terra, essa região da Lua é protegida desses ruídos, o que possibilita a captação de pistas deixadas pelo Big Bang.

As descobertas da Yutu 2 podem, segundo os envolvidos, serão importantes nos estudos sobre a ocorrência de água em outros planetas. Uma das teorias que os cientistas acreditam explicar a presença de água no solo lunar envolve reações entre partículas energizadas com presença de hidrogênio e minerais contendo oxigênio no solo, de acordo com o cientista Martin Wieser.

“As pessoas estão tentando reproduzir esse processo em laboratório, mas é muito difícil fazê-lo corretamente. O único jeito, de fato, é ir até a superfície lunar e testar lá. A sonda está no lugar ideal para estudar esse processo”, afirmou Wieser, que é responsável por um instrumento da sonda que será utilizado para investigar como os ventos solares interagem com a superfície lunar.

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https://www.osul.com.br/entenda-o-que-um-veiculo-lunar-chines-vai-explorar-no-lado-oculto-da-lua/ Entenda o que um veículo lunar chinês vai explorar no “lado oculto da Lua” 2019-01-04
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