Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A presidenta afastada Dilma Rousseff vai sofrer impeachment diante de 200 canais de televisão de mais de 120 países e com 2 mil correspondentes estrangeiros na Olimpíada do Rio de Janeiro, que acontece de 5 a 21 do mês que vem. Não há “golpe” maior para o PT. Por isso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – mais aliado dela e do ex-presidente Lula do que do presidente interino Michel Temer – pretende esticar para o dia 25 a votação do processo no plenário, quatro dias após o encerramento dos Jogos. Mas a tramitação e a força da base aliada de Temer no Congresso Nacional estão antecipando o processo.
Passo a passo
O Palácio do Planalto monitora Lula. A agenda de Temer tem sido aberta com prioridade para senadores que o “Barba” visitou no dia anterior – ou horas antes.
Palanqueiro
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, quer palanque ao espalhar que mudará o plano de segurança para a Rio 2016. Nada mudará. O combate ao terror está no plano desde 2007.
Sabe de nada…
Ao citar Nice, cidade onde ocorreu na quinta-feira o mais recente atentado na França, Jungmann mostra que não conhece o Rio. Nenhum maluco consegue chegar com um caminhão à orla carioca antes de parar no engarrafamento da Av. Brasil ou da Linha Vermelha.
Paralisação na PF
A batata das autoridades locais e nacionais está assando no Rio. Não bastassem os soldados da Força Nacional de Segurança reclamarem das condições de alojamento, os delegados federais aprovaram um indicativo de greve para o período dos Jogos e devem ganhar o apoio dos policiais. Haverá paralisação durante um dia, com manifestações nas ruas da cidade.
Sem firula
A partir de 1º de agosto, a quatro dias da abertura da Olimpíada, querem entregar chefias e declarar greve por tempo indeterminado. Reclamam do ‘esvaziamento’ da Lava-Jato, cobram concurso para 500 delegados e plano de carreira. O Planalto agiu rápido e anunciou mais 10 delegados para o grupo de Curitiba.
Melhores amigas
Ex-ministra Kátia Abreu (Agricultura) tem visitado Dilma diariamente. Ela leva à petista todas as fofocas e bastidores do Congresso e da Esplanada.
Cegueira
Kátia contabiliza com ela o sobe-e-desce do saldo de votos do impeachment no Senado. Um dia desses, o papo foi sobre “a pobreza no País”. Algo difícil de ver lá de dentro do Palácio da Alvorada.
Voz do povo
Estreou no Rio o aplicativo “Minha Bronca”, por meio do qual o cidadão poderá denunciar, compartilhar e cobrar soluções dos poderes públicos para problemas das cidades fluminenses. Os criadores querem espalhá-lo como canal da voz do povo para todo o Brasil.
#tamojunto
“Não se trata apenas de uma forma de reclamar nas redes sociais, mas de um sistema que direciona as reclamações e promove a união da população”, diz o idealizador Allan Titonelli.
Amigo do Alex
O presidente da Turquia, Recep Erdogan, que sofreu ontem um golpe militar, tem um irmão, digamos, bilionário. Ambos são amigos do ex-jogador de futebol Alex, aclamado no país. Certa vez, o mano de Erdogan chegou a oferecer um jatinho para o atleta, que recusou.
João de Deus
O reaparecimento do médium João de Deus na mídia, supostamente curado de câncer, lotou ainda mais a pequena Abadiânia (GO). Há dias, passaram por lá as atrizes Lucélia Santos e Cláudia Raia, além de Tsuyoshi Murakami, famoso chef de culinária japonesa. O point local dos famosos é o Quintal Café com Prosa.
Mesa japonesa
Murakami – considerado o melhor do Brasil – organizará um jantar para o médium em Abadiânia, que visita a todo bimestre.
Ponto Final
“O impeachment é uma farsa. Dilma Rousseff é honesta e não cometeu crime. Ela vai voltar aonde foi colocada por 54 milhões de brasileiros. Golpistas não passarão!” – do deputado e advogado Paulo Teixeira (PT-SP), meio míope.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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